Na tarde de hoje (09.08) o advogado José Antônio Duarte Álvares, realizou a defesa do deputado federal, Pedro Henry (PP) no caso do Mensalão que está sendo julgado no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
Henry é acusado no caso mensalão de participar de negociações que resultaram no repasse de R$ 3 milhões da corretora Bônus Banval para o Partido Progressista (PP), sendo que em 2003 e 2004 (ano do esquema) ele era líder do partido.
José Álvares iniciou sua defesa dizendo que confia na conduta dos ministros do STF na hora em que eles forem julgar os réus do mensalão. “Eu acredito na conduta de vossas excelências (ministros) e acredito que os preceitos constitucionais estarão acima da pressão ou opinião pública na hora de julgar os réus”, colocou o advogado.
Em sua explanação, ele citou que o procurador-geral da república, Roberto Gurgel, criou toda uma teoria para a acusação dos réus com base em trechos tomados na fase de inquérito sem crivo do contraditório, fazendo com sua versão do processo tivesse credibilidade, mas que não passava de uma leitura fantasiosa.
O advogado citou que o deputado mato-grossense foi julgado na época pelo Conselho de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos deputados e foi considerado pelos colegas parlamentares inocente, não sendo encontrado nenhum tipo de envolvimento do progressista no caso. A comissão não encontrou durante o processo nada contra Henry, levando assim a absolvição.
Ele relatou que o deputado havia participado de uma reunião com o PT para negociar uma união política, e não financeira. Afirmou ainda, que em nenhum momento o PP recebeu recursos para buscar apoio político em votações de matérias na Câmara dos deputados.
“Não houve em nenhum momento compra de votos para aprovar projetos na Câmara dos deputados por parte do PP. Henry apenas tratava com outros partidos de assuntos políticos, não de questões financeiras, apenas o tesoureiro do PP tratava destas questões”, relatou Álvares.
No final da sua explanação, ele pediu a absolvição do deputado Pedro Henry, afirmando que os fatos narrados pelo procurador-geral não existiram. “Não se provou nada ou qualquer envolvimento do senhor Pedro Henry Neto, em relação a negociações financeiras para beneficiar grupos políticos e nem menos tomar como vantagem para si, peço assim ao pleno a absolvição de Henry”, finalizou o advogado.
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