A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, abriu o primeiro programa do horário eleitoral do segundo turno. Ela dedicou parte dos primeiros dez minutos do horário para criticar o adversário Aécio Neves, o PSDB e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos dez minutos seguintes, Aécio enfatizou o "desejo de mudança" que, segundo ele, o resultado da eleição no primeiro turno revelou.
Dilma
Dilma afirmou que o que está em jogo no segundo turno é um modelo de país. "Não faço ataques pessoais ao candidato adversário, mas é fato que ele representa um modelo que quebrou o país três vezes", disse a candidata, para quem o governo tucano "se curvou o FMI" e "esqueceu os mais pobres". "Minha candidatura representa uma luta contra esse passado que o candidato tanto defende", declarou Dilma.
Sobre FHC, o apresentador do programa que chegou a chamar aposentados de "vagabundos" e que ele simboliza "o estilo tucano de encarar o país". Também foi apresentada frase de Fernando Henrique, segundo a qual não é porque são mais pobres que eleitores votam no PT, mas porque são menos informados. Na interpretação do programa de Dilma, FHC acha que os eleitores do PT são "ignorantes".
O programa também apresentou depoimentos de governadores atuais e eleitos, como Fernando Pimentel (PT-MG), Rui Costa (PT-BA), Renan Filho (PMDB-AL), Raimundo Colombo (PSD-SC), Tião Viana (PT-AC), Marcelo Miranda (PMDB-MS), Wellington Dias (PT-PI), Jackson Barreto (PMDB-SE), Jaques Wagner (PT-BA), além da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO).
Dilma expôs ainda propostas que formulou ao longo da campanha: modelo de segurança integrada; reforma "profunda" no ensino básico; controle da inflação, sem desemprego e arrocho salarial; fim da impunidade; e reforma política.
Aécio
Em seu primeiro programa após o primeiro turno, Aécio Neves enfatizou o "desejo de mudança", revelado, segundo ele, pelo resultado nas urnas. Ele começou dizendo que "quem venceu de verdade o primeiro turno foi a imensa vontade de mudança do brasileiro".
"Milhões de brasileiros deixaram muito claro que não aceitam mais que o Brasil continue no caminho que está", afirmou o candidato tucano, que ainda pediu votos a quem não votou nele ou não votou. "Porque todos nós que acreditamos na mudança temos que saber superar as nossas eventuais diferenças e permanecermos unidos".
Aécio ainda disse que na campanha de segundo turno vai falar de ações para o país voltar a crescer. "Só crescendo, nós vamos conseguir melhorar a saúde, a educação, a qualidade dos empregos, os salários, os benefícios sociais, a sua segurança", afirmou, acrescentando que o país precisa de "um governo que funcione".
A propaganda também destacou o apoio de outros candidatos derrotados, mostrando depoimentos de Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV), além do apoio do PSB, que lançou Marina Silva. "Passo a ter a responsabilidade, de no limite de minhas forças, levar para o Brasil inteiro o legado de Eduardo Campos", disse o tucano, em imagem do encontro com o partido nesta quarta (8).
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