O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um procedimento preparatório para inquérito civil contra o ex-presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Waldir Bento (PMDB), para apurar o suposto “rombo” deixado por ele, de mais de R$ 1 milhão na Casa de Leis.
Segundo o procedimento, a investigação ocorre em decorrência do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instalado pelo atual presidente do legislativo, vereador Jânio Calistro (PMDB), contra Waldir para explicar os descontos efetuados em folha de pagamento em 2014, referentes a contribuições previdenciárias e o imposto de renda dos servidores, e não repassados aos Ministérios da Previdência Social e da Fazenda, respectivamente.
Enquanto presidente do Legislativo, Bento descontou INSS e imposto de renda dos servidores da Casa, no valor de mais de R$ 1 milhão, e não repassou aos órgãos competentes.
Conforme o procedimento, o MP irá investigar o suposto “rombo”, e também acompanhará o procedimento administrativo instaurado pela Câmara Municipal. De acordo com o Ministério Público caso fique comprovada a irregularidade Waldir pode responder por ato de improbidade administrativa.
Valores não repassados - Com base na lei de acesso a informação, o VG Notícias teve acesso ao relatório das dívidas deixadas pelo ex-presidente. Previvag referente a dezembro de 2014, R$ 17.678,52 mil. INSS (Regime de Previdência Geral) R$ 283.209,15 mil. INSS (Folha de Pagamento dos Inativos), R$ 9.948,60 mil. Desconto de INSS de Prestadores de Serviços Avulsos R$ 2.021,20 mil. Waldir também reteve ISSQN dos prestadores de serviços e não recolheu R$ 2.453,92 mil. Imposto de Renda retido na folha de pagamento R$ 642.646,33 mil. Imposto de Renda sobre serviços prestados de contrato de aluguel R$ 1.519,76 mil. Bento ainda descontou consignados dos servidores e não pagou aos bancos. Consignados da Caixa Econômica R$ 102.711,04 MIL. Para o Banco Fibra também referente a consignado R$ 7.080,00 mil. Contratos de serviços continuados R$ 69.280,69 mil. Totalizando 1.138.549,21 mil.
Waldir Bento cometeu ainda outra irregularidade. Além de descontar e não pagar os órgãos competentes, a auditoria da Câmara constatou que o ex-gestor não deixou empenhado R$ 326.774,55 mil no exercício correspondente, sendo necessária a destinação orçamentária no exercício corrente.
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