O governador de Mato Grosso eleito, Mauro Mendes (DEM) disse nesta quarta-feira (05.12), após uma reunião com a Assembleia Legislativa, que há uma previsão que o Estado irá ter um déficit de R$ 1,5 bilhão em 2019 e que possivelmente muitos fornecedores não irão receber por falta de dinheiro em caixa.
“A execução financeira do Estado aponta que há falta de recursos, dinheiro de caixa em torno de R$ 1,8 bilhão, apresentei uma prévia para eles do orçamento real e verdadeiro que está em elaboração neste momento para ser acrescentado na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2019, que aponta um déficit de R$ 1,5 bilhão, ou seja, se todas as receitas e despesas acontecerem como estão programadas, muita gente não vai receber porque não vai ter dinheiro em caixa para pagar, esta é a dura realidade do e Estado de Mato Grosso”, disse o democrata.
Mauro diz que o rombo no Estado é causado por um grande aumento nas despesas, principalmente na folha de pagamento. “As receitas cresceram acima da inflação e a folha de pagamento aumentou 75% em quatro anos. Lógico que a receita não cresceu tudo isto”, relata Mendes.
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), disse que os deputados precisam voltar em janeiro para votar os projetos emergenciais. “Sempre o orçamento foi meio maquiado. Ele quer que seja real, a Assembleia não deve voltar o orçamento neste ano. O governador precisa que algumas medidas sejam votadas logo em janeiro”, declarou Botelho.
O governador eleito disse que fez um pedido para que fosse mostrada a verdade sobre os números do Estado. “O valor orçamentário de 2019, pedi para a equipe técnica mostrar a realidade dos números. Faça uma receita orçamentária verdadeira, do que pode ocorrer em 2019. Não podemos viver mais em mentiras fazer de conta que tudo está equilibrado. 2018 está mostrando isto que está faltando 1,8 milhão”, declarou o eleito.
Mauro ainda declara, que irá se reunir com os prefeitos e que irá cancelar os convênios ainda não realizados. “É um dever meu dialogar e os prefeitos são fundamentais e provavelmente em fevereiro porque já estarei no cargo e bem informado da situação. Vou falar a verdade para eles, não temos dinheiro e os convênios ainda não realizados serão cancelados”, diz Mendes.
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