O governador Mauro Mendes (União) pediu nessa segunda-feira (07.11) um “pouco de paciência” ao cidadão, principalmente aos motoristas que chegaram a esperar por horas parados em bloqueios de rodovias e ruas de algumas cidades de Mato Grosso, por conta de manifestações organizadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que não concordam com a vitória do presidente eleito, Lula (PT).
Segundo Mendes, até o momento as manifestações no Estado estão sendo pacíficas, sem quaisquer conflitos ou ataques, chegando a citar movimento de alguns empresários em Mato Grosso que fecharam as portas nessa segunda (07) em sinal de protesto.
“Democracia é respeitar o direito da livre manifestação. Mesmo que as pessoas estejam falando algo que não tenha amparo no arcabouço jurídico brasileiro, na nossa legislação, na nossa Constituição, você tem que respeitar isso, desde que fique apenas em palavras. Até agora eles estão se manifestando por palavras e nós temos que ter um pouco de tolerância neste momento. A intolerância pode levar nosso país, nosso Estado, qualquer nação, a resultados que a história já nos mostrou que não é bom. Então um pouquinho de paciência agora, um pouquinho de capacidade de ouvir e dialogar acho que é a receita correta para que a gente possa superar esse momento delicado da nossa trajetória política”, declarou Mauro.
O governador afirmou que usar métodos excessivos contra os manifestantes pode desencadear conflitos, citando como exemplo um ocorrido na BR-163 em Novo Progresso, no Estado do Pará – caminhoneiros enfrentaram a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e atiram pedras e rojões nas viaturas.
“Eu lamento, e desaprovo qualquer tipo de cerceamento, mas o Estado ele vai procurar resolver isso com um pouco de diálogo até um certo limite, para que não tenhamos uma explosão de conflitos dentro de Mato Grosso”, destacou o gestor.
Sobre a possibilidade do Governo Federal, por meio da Força Nacional, ajudar no controle e combate das manifestações em Mato Grosso, Mauro disse que caso o Estado precise deste auxílio, “seguramente” irá acionar a União, mas que até o momento não tem nada que não possa ser “controlado ou administrado” pelas forças de segurança pública estadual.
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