O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), vereador Marcus Brito Júnior (PV) se defendeu na sessão ordinária desta quinta-feira (09.12), da acusação de ter “poupado” seu pai Marcus Antônio de Souza Brito, que ocupou o cargo de procurador-geral do município em 2019 e 2020, período em que a empresa Norge Pharma já atuava.
Consta do relatório da CPI, que houve favorecimento na licitação que escolheu a empresa Norge Pharma para gerenciar o Centro de Distribuição de Medicamentos, onde os medicamentos vencidos foram encontrados.
Brito pediu retratação da publicidade feita por um site da Capital e afirmou que “em nenhum” momento poupou seu pai e pediu respeito ao trabalho da CPI, que apontou R$ 26 milhões de desvio de medicamentos e perda.
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“Vocês acham que em algum momento eu iria tirar o meu pai se estivesse envolvido. Eu não me julgaria por suspeito? Me respeitem! Respeitem o trabalho desta Casa, no momento que fui escalado para esse trabalho, os meus votos eu presto conta aqui! (...) Jamais faria um negócio desse, eu coloquei a Mesa, querem convocar meu pai, convoquem! Desde o início ao fim dessa CPI, todo ato e toda decisão foram colocados em três votos, se o relatório está feito hoje não é só na mão do vereador Marcus Brito não, o vereador Lilo tem sua porcentagem, Paccola tem, foi um trabalho em conjunto sociedade”, exaltou Brito Júnior.
O meu CPF é um, o CPF do meu pai é outro, meu grupo político é um, o grupo político do meu pai é outro. Tirando a vida pública, ele é meu pai, e em momento algum ele passou a mão na minha cabeça
O vereador apontou os momentos em que agiu com isenção e pediu que encaminhasse a denúncia ao Ministério Público e cobrassem em que momento seu pai participou de um processo de análise. “Em nenhum momento eu o poupei, quero sim que vocês investiguem. Vá ao Ministério Público peça a assinatura do meu pai, veja em que momento ele participa do processo de análise e vocês vão ver que não existe”, argumentou o vereador.
Revoltado com os colegas vereadores, que usaram a tribuna para apontar que a CPI não apontou provas suficientes, Brito Júnior ironizou dizendo que tal declaração é “brincar com sua cara.”
“A partir de hoje me respeitem! Respeitem o nosso trabalho, o que eu fiz é para limpar o nome da Casa de Horrores, foi um trabalho coeso, imparcial, dos 25 vereadores dessa Casa, se tinha cinco presentes era muito, um trabalho importante, são mais de R$ 25 milhões de desvio de medicamentos e perda”, exaltou.
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