Frustrou a tentativa da base aliada do prefeito Walace Guimarães (PMDB, de destituir o presidente da Câmara de Várzea Grande, Waldir Bento (PMDB), da Presidência da Mesa Diretora. A articulação estava sendo “orquestrada” pelo vereador licenciado, Maninho de Barros (PSD), e pelos peemedebistas Kalil Baracat (líder do prefeito na Casa de Leis) e Jânio Calistro, segundo fontes.
Maninho de Barros ofereceu café manhã, na última quarta-feira (02.10), em sua residência aos parlamentares da base aliada - e convidou ainda dois vereadores que não estão na base, Fábio Saad (PTC) e Wanderley Cerqueira (PSD).
No café da manhã, o “cardápio” principal foi o comportamento “ditatorial” do presidente Waldir Bento e “acordos” feitos durante a eleição da Mesa Diretora - com a base aliada – que, segundo eles, não vinham sendo cumpridos. Porém, antes do café da manhã, Maninho recebeu o secretário municipal de Governo, Ismael Alves, para tratar sobre a doação de terrenos que havia feito durante sua gestão no final de 2012.
Os dois parlamentares que não compõem a base do prefeito foram surpreendidos com o teor da reunião - e com pedido de Maninho para convencerem o vereador Pery Taborelli (PV) – popular coronel Taborelli - a ler o pedido de afastamento de Bento, no Plenário da Câmara.
Cerqueira, conforme fonte, ao perceber que estaria sendo usado para fazer o serviço “sujo” se recusou e assegurou ao grupo, que Taborelli jamais aceitaria cometer uma “traição” – e teria questionado porque os vereadores da base aliada - que elegeram Waldir à Presidência - não apresentavam requerimento já que tinham interesse em “derrubá-lo”.
No entanto, os parlamentares da base aliada do prefeito, acabaram se revoltando contra Maninho de Barros, ainda conforme fonte, o social-democrata teria conseguido “vantagens pessoais” deixando os companheiros “a ver navios”.
Outra articulação que estava “bem adiantada” seria o afastamento de Kalil da Câmara - para o suplente de vereador Charles Caetano (PR) assumir a vaga na Casa - e ajudar na articulação para derrubar Bento da Presidência. Mas a indecisão de Kalil também teria deixado Caetano irritado.
Ontem (08.10), confidenciou uma fonte, que Maninho de Barros recebeu em sua residência Charles Caetano e Kalil e deu um “xeque mate” no peemedebista – para saber se ele iria ou não abrir espaço ao suplente. O peemedebista ficou de conversar com colegas do partido e dar uma resposta ao suplente, mas até o momento não respondeu. Kalil Baracat não solicitou afastamento da Câmara e pediu apenas uns dias, conforme prevê a lei pelo nascimento de sua filha.
Ainda conforme fontes, o interesse de Kalil em abrir espaço ao republicano, seria uma tentativa de forçar uma situação junto ao prefeito Walace, para receber os aluguéis atrasados da Escola Couto Magalhães (SOBEV), de propriedade de sua família, que está locada a Prefeitura, por meio de uma imobiliária, onde funciona o Várzea Vest. O aluguel estaria atrasado desde janeiro deste ano, no valor de R$ 15 mil mensais.
Ficam explícitos os interesses pessoais da maioria dos vereadores nesta manobra. A população elege o parlamentar para ter um representante que defenda para o interesse da coletividade, entre eles, saúde, educação, infraestrutua, entre outros serviços públicos essenciais. Porém, os poucos projetos apresentados na Câmara são relevantes e contemplam os clamores da sociedade.
Outro lado - A reportagem do VG Notícias tentou contato com o vereador Maninho de Barros e não obteve êxito até o fechamento da matéria. O vereador Kalil Baracat havia confirmado na segunda-feira (07.10) à reportagem que entraria com pedido de licença de 30 dias, e o suplente assumiria a cadeira. Ele confirmou ainda, que já tinha o aval do prefeito Walace Guimarães para ficar de licença o tempo que achasse necessário. No entanto, não se afastou da Câmara conforme havia garantido.
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