O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inicia nesta semana diálogo com deputados federais para aprovação na Câmara da PEC (proposta de emenda à Constituição), que exclui do teto de gastos R$ 145 bilhões para pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600, a partir de janeiro de 2023.
Lula defende a aprovação da PEC sob justificativa que a proposta tem como único objetivo corrigir déficit orçamentário que será deixado pela gestão de Jair Bolsonaro (PL).
O Senado aprovou a proposta na semana passada. Falta análise dos deputados. Na forma como os senadores aprovaram, o texto permite que o novo governo gaste até cerca de R$ 200 bilhões fora do teto de gastos por 2 anos.
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“Nós agradecemos aos senadores que aprovaram a PEC. Isso não é uma PEC do Governo Lula. É uma PEC do Governo Bolsonaro. É uma PEC que é para resolver o problema do orçamento no qual não foi colocado dinheiro para resolver os problemas, sobretudo a manutenção dos R$ 600 de um programa que volta ser chamado de Bolsa Família, e mais de R$ 150 para crianças de até 6 anos de idade”, disse Lula em entrevista à imprensa.
Em relação a votação da proposta na Câmara, o petista disse: “Farei quantas conversas forem necessárias para que a PEC seja aprovada na Câmara dos Deputados, da mesma forma que foi aprovada de forma extraordinária por 64 votos no Senado”.
Ele ainda acrescentou: “Eu espero que as pessoas compreendam que essa PEC não é para o governo Lula. Essa PEC é para fazer um reparo no Orçamento do presidente Bolsonaro. E essa PEC é para que a gente possa garantir o mínimo necessário às pessoas mais necessitadas deste país, o mínimo necessário para Saúde, Minha Casa, Minha Vida, para Farmácia Popular, e o mínimo necessário para gente cuidar do povo brasileiro”.
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