O deputado Ludio Cabral (PT) cobrou respostas do secretário de Estado de Educação, Alan Porto sobre o “colapso” na atribuição dos interinos. A cobrança foi feita nesta quinta-feira (24.02) durante esclarecimentos de Alan à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT).
Lúdio Cabral externou como procedeu o “colapso na atribuição” realizada por reuniões remotas. Segundo o petista, a situação resultou no infarto de uma professora que acabou falecendo posteriormente.
Cabral relatou a dificuldade do professor que entra na sala virtual às 8 horas, isso quando recebe e-mail, e fica até 15 horas para serem aceitos.
“Depois as tais DREs encerram as reuniões sem qualquer respeito aos professores. Essa atribuição deveria acontecer de 26 a 31 de janeiro, não aconteceu até hoje. E a consequência disso, são alunos sem professores, turmas sem professores, tendo que voltar mais cedo, tendo que ficar uma parte do tempo sem aulas e as crianças com deficiência são as que mais são prejudicadas, porque dependem de atendimento especial”, relatou Ludio.
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Também foram discutidas a situação de escolas com problemas estruturais. “E as escolas no campo, ameaçadas de fechamento, além de uma série de problemas estruturais. Escolas indígenas tendo toda legislação da Educação em vigência desrespeitadas”
Já o secretário de Educação justificou que 98% dos profissionais estão atribuídos, bem como, afirmou que algumas situações do campo estão sendo resolvidas. “A questão da atribuição acontece todo ano, é um processo contínuo porque nós temos os afastamentos. Para vocês terem uma ideia, por mês, temos 1400 afastamentos legais por saúde”, relatou.
Porto também esclareceu questionamentos em relação às pessoas com deficiências – PCDs. Segundo ele, a intenção é melhorar cada vez mais o atendimento. “Hoje nós temos 899 auxiliares de turmas contratadas e hoje nós temos um auxiliar de turma a cada três. O que nós conversamos aqui é para criar um GT Grupo de Trabalho para discutir a questão do autismo, da formação desses profissionais e o processo de contratação.”
Já sobre a formação das turmas do campo e indígena, Porto relatou que será discutida no mês de março, em um Fórum de Educação. “Lembrando que temos dificuldades no processo de atribuição no campo é por conta da distância, da dificuldade de turmas, mas a nossa equipe já está tomando todas as providências necessárias”, relatou.
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