Preocupado com a greve de em média 80% dos profissionais da educação em todo o Estado de Mato Grosso, o deputado federal Júlio (DEM/MT) fez um apelo no Plenário da Câmara dos Deputados para que o governador Silval Barbosa, o prefeito Mauro Mendes, e seus secretários para que realizem com urgência uma reunião concreta com a categoria para evitar que quase 500 mil alunos fiquem sem aula.
“Quero fazer um apelo ao eminente Governador do Estado de Mato Grosso, a o seu Secretário de Educação, que é o nosso colega Deputado Federal pelo PT de Mato Grosso, Ságuas Moraes, e também ao Prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes e ao seu Secretário de Educação, para que, juntamente com sua equipe econômica, realize uma reunião concreta de trabalho, a fim de evitar a greve no setor de educação. É de vital importância não deixar as nossas crianças sem qualificação profissional”, solicitou Júlio Campos.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), atualmente, o piso salarial médio para uma jornada de trabalho de 20 horas é de R$ 1.134,00. Já os professores com nível superior é de R$ 1.614,00. Com os reajustes passariam para R$ 1.257,00 e R$ 1.789,00, respectivamente.
A rede municipal de Ensino conta hoje com 7,5 mil trabalhadores em cem unidades e a rede do Estado conta com 36 mil profissionais, entre técnicos, professores e apoio administrativos. O Estado de Mato Grosso tem hoje 478 mil alunos, sendo 48 mil na capital.
De acordo com o parlamentar, lamentavelmente, o Palácio do Planalto, o Governo Federal não entendem a importância de valorizar a educação no Brasil.
“A Educação é tudo. Investir na educação, Presidenta Dilma, é aumentar o capital da Pátria”, argumentou Júlio Campos.
Entre as reivindicações estão: reajuste salarial; infraestrutura nas escolas, a falta segundo eles, está comprometendo a qualidade do Ensino; realização de concurso e convocação do realizado em 2010; garantia de hora-atividade para interinos; autonomia e transparência por parte da Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso (Seduc) na aplicação de 35% dos recursos da educação previstos na Constituição Estadual e que devem ser aplicados na área.
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