O senador Jayme Campos (União) avaliou em entrevista ao nessa quarta-feira (22.12) ser justo o aumento salarial dos membros do Congresso Nacional, do presidente e vice-presidente da República e dos ministros de Estado, bem como, o reajuste de 18% para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com salário que chegará a R$ 46,4 mil.
Entretanto, Jayme não vê incoerência do Governo “mendigar” aos parlamentares a aprovação da proposta que eleva o teto de gastos para manter a parcela de R$ 600 do Bolsa Família (atual Auxilio Brasil), enquanto concede reajuste para quem já é bem remunerado.
“Quando você fala de R$ 600 para R$ 23 mil é uma diferença gigantesca, isso que o Governo está fazendo de R$ 600, é um auxilio para que muitas famílias não fiquem vivendo abaixo da linha da miséria, ou sem renda. Agora, são pessoas que não trabalham. As demais que estão recebendo, são pessoas que estão trabalhando, estão prestando serviço relevantes”, opinou o senador.
Paga bem que você tem a resposta de imediato, agora, aquela velha história: paga mal, eu faço o que pago e você faz que trabalha
Jayme citou como exemplo, os servidores do Senado, que entram às 8 horas e nos dias de sessões seguem até a meia noite. “Essas pessoas têm que ser valorizadas. Eu sou da tese que você tem que pagar bem, paga bem para você ter um bom colaborador, um bom servidor, um bom trabalhador em sua empresa. Paga bem que você tem a resposta de imediato, agora, aquela velha história: paga mal, eu faço o que pago e você faz que trabalha”, declarou.
Ainda, em defesa da valorização salarial, o senador mato-grossense afirmou que no Brasil, existe, na verdade, muita hipocrisia. Ele afirmou que o salário no Senado estava defasado há seis anos, e com uma remuneração aquém havia dificuldades na contratação de pessoas qualificadas. Para Jayme, o salário do juiz, do ministro e dos senadores, que está atualmente no valor de R$ 23 mil, devem ser coerentes com a função.
Aqui no Brasil, lamentavelmente, muita coisa é hipocrisia
“Eu acho muito pouco! Diante do fato que: ora, só os custos de um senador, até para ele andar bem vestido, do ministro Supremo, de um juiz federal. Não só esse aí, tem a questão naturalmente da parte social, de alimentação, de medicamento, plano de saúde, eu acho que estava defasado. Aqui no Brasil, lamentavelmente, muita coisa é hipocrisia”, declarou.
2º Turno – A Câmara aprovou em 2º turno a PEC que amplia o teto por um para o Bolsa Família no valor de R$ 600 com adicional de R$ 150 por criança até 6 anos. Sobre o período, Jayme avalia ser tempo suficiente, especialmente após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Ele retirou o Auxílio Brasil do teto de gastos e "livrando" Lula de pressões políticas.
“Eu acho que o ideal aprovar por um ano, acho que é tempo suficiente, na medida que o próprio ministro Gilmar Mendes deu um despacho tirando do teto de gastos o Bolsa Família, isso deu um refresco daquilo que já tinha sido aprovado, dando a ele, R$ 145 milhões mais R$ 23 bilhões do excesso da arrecadação para que pudesse fazer alguns investimentos e sobretudo o próprio Governo atual, pudesse fazer naturalmente a complementação de alguns pagamentos”, declarou o senador.
Jayme destacou ainda, que a decisão também contemplou o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL). “A informação que tenho, dos R$ 23 bilhões, R$ 13 o próprio Governo de plantão, o próprio Governo Bolsonaro poderia usar para fazer alguns pagamentos, alguns empenhos que estavam pendentes em relação a gestão atual.”
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