O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen-MT), Amaury Benedito Paixão, disse nesta quarta-feira (05.01) que o Governo do Estado sinalizou início de novas negociações com os policiais penais, mas que prazo solicitado para apresentar uma proposta, até 3 de fevereiro, é muito preocupante diante das perdas salariais dos profissionais.
Sem a presença do governador Mauro Mendes (DEM), representantes do Governo do Estado, liderados pelo secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, reuniram-se na manhã de hoje, com os policiais penais para discutirem reivindicações da categoria.
Sobre a reunião, Amaury Benedito disse que foi tranquilo, mas que nenhuma proposta foi apresentada. Conforme ele, foi garantido à categoria um novo estudo técnico sobre as perdas salariais e a recomposição, e que esse levantamento será apresentado aos policiais penais na nova reunião de negociação marcada para o próximo dia 3 de fevereiro.
“O secretário Mauro Carvalho disse que está conversando com equipe técnica para apresentar na próxima reunião estudo sobre valorização salarial. Então vamos aguardar este estudo, até porque tivemos aumento do RGA de 7%, é preciso fazer atualização de todos os estudos que já apresentamos anteriormente. Existe a necessidade de fazer um levantamento destes estudos e no dia 03 vamos estar debatendo sobre isso”, declarou o sindicalista.
Apesar disso, o presidente do Sindspen-MT externou preocupação com a data da nova reunião, ou seja, daqui há 29 dias, pelo período longo que os policiais penais ficarão aguardando — sem saber de forma oficial se terão ou não as demandas atendidas, e que isso será debatido durante a Assembleia nesta quarta (05) com todos os policiais penais.
Sobre as reivindicações, Amaury Benedito afirmou que os profissionais estão pedindo o que é “justo” pelo fato que nos últimos anos, diversas categorias conseguiram recomposição" salarial e os policiais penais não.
“Outras categorias em outros Governos tiveram seus aumentos e nós ficamos sem nada. Nós precisamos ter um olhar melhor por parte do Governo. (...) Queremos um tratamento justo. Temos o menor salário dos servidores da Força de Segurança Pública. Nosso serviço é complexo. Nós fazemos a execução da pena. Ficamos um ano, dois anos, com o preso ali. Temos que devolver ele para uma sociedade melhor. As outras Forças de Segurança prende o suspeito, coloca ele no cárcere, mas cabe a nós essa missão. Nós damos continuidade da execução, então precisamos de tratamento igualitário com outras Forças de Segurança. O discurso que defendemos é um tratamento justo e igualitário”, disse.
O sindicalista ainda disse não acreditar na possibilidade do governador terceirizar o serviço executado pelos policiais penais. “Não preocupa. É uma carreira típica de Estado e não vai ocorrer com nossa categoria”.
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