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Governador de Mato Grosso, Mauro Mendes
O governador do Estado de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) disse na tarde desta segunda-feira (04.11) durante a solenidade de lançamento da Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA) que a postergação do decreto de estado de calamidade financeira do Estado vai depender de uma análise que está sendo feita, e deve ser apresentada nas próximas semanas.
O Governo decretou estado de calamidade financeira em janeiro de 2019, quando alegou uma dívida deixada pela administração anterior, estimada no valor de R$ 4 bilhões. Já no mês de julho, o decreto foi prorrogado por mais 120 dias. O decreto se encerra no próximo dia 17 de novembro.
De acordo com Mauro, a situação do Estado ainda é frágil, mas já melhorou muito. Segundo ele, é notório que as coisas estão caminhando. Hoje o Estado no mês de dezembro, tem condições financeiras melhores do que em janeiro quando a atual gestão assumiu o Governo. “Nós já não temos mais tantos fornecedores atrasados, e pagamos o décimo terceiro que estava atrasado lá do ano de 2018. Estamos caminhando com as nossas contas e buscando a construção do equilíbrio”, pontuou Mendes.
O democrata lembrou que existe muita complexidade em volta de algumas decisões a ser tomada pelo Governo, e que serão necessárias, mas que muita gente, o que é natural não irá compreender. “Eu acredito que vamos analisar isso nas próximas semanas para ver se é pertinente ou não, se justifica ou não e se tem razoabilidade ou não, uma postergação desse estado de calamidade financeira que nós encontramos em janeiro”, afirmou.
Mauro ainda frisou que, seguramente, hoje, Mato Grosso é muito melhor do que era em janeiro. “Estamos consertando o Estado, esse é um trabalho que tem sido feito em diversas áreas e diversas direções”.
Questionado sobre uma possível reforma da previdência ainda este ano, Mauro afirmou que está aguardando das equipes técnicas um relatório final, assim como uma proposta de lei. “Em posse desse relatório final e uma proposta de lei, aí sim faremos uma análise do encaminhamento ainda este ano ou no ano de 2020”.
Mendes lembrou que o último relatório visto no sistema previdenciário de Mato Grosso, no mês de junho ou julho, apontou um prejuízo mensal de R$ 115 milhões com a previdência estadual, ou seja, por mês, aquilo que foi arrecadado com o sistema de previdência, descontando o servidor 11% mais 22% do Governo do Estado como contribuição, ainda faltaram de R$ 115 milhões.
"Então, todo mês sai da conta da energia elétrica, do ICMS do combustível, dos impostos que os cidadãos pagam, para poder pagar esses servidores aposentados no Estado. Cada vez mais, eu vejo servidores aposentando com salário integral, coisa que não acontece na iniciativa privada, e ganhando salários que estão muito acima do mercado. E muitos deles aposentando com 45, 48 e 50 anos de idade”, reforçou o governador.
Ele ainda acrescentou que Mato Grosso não vai aguentar por muito tempo, por isso foi determinado o estudo de análise.
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