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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) em uma longa live nas redes sociais responde às acusações do Governo do Estado
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) em uma longa live nas redes sociais, respondeu às acusações do Governo do Estado, que apontou a Prefeitura de Cuiabá como responsável pela não imunização dos profissionais de Segurança Pública, que deveria ocorrer nesta quinta-feira (08.04).
“Peço desculpas por interromper a minha programação singela e respeitosa do aniversário de 302 anos de Cuiabá para mais uma vez tentar esclarecer uma calúnia, uma injúria, uma mentira que querem jogar sobre a Prefeitura, sobre o prefeito Emanuel Pinheiro para esconder a incompetência, a desumanização e a insensibilidade do Governo do Estado até para vacinar um contingente pequeno de profissionais da Força de Segurança do Estado”, declarou o prefeito.
Segundo o Governo, as vacinas estavam disponíveis, bastava o município buscar no Centro de distribuição do Estado de Mato Grosso. No entanto, a versão foi “derrubada” pela coordenadora do programa vacina Cuiabá, Valéria Oliveira e pela coordenadora da Vigilância em Epidemiológica de Cuiabá, Flávia Guimarães, que explicaram ao prefeito sobre como ocorreu o procedimento.
“Foi feita uma negociação com o Ministério da Saúde para que antecipasse a vacinação das Forças de Segurança. Veio uma quantidade específica de vacina para atender essa demanda, porém depende do ad referendum da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), assinada, com a quantidade certa das doses que serão administradas, caso contrário, não podemos aplicar as doses. Foi feito contato conosco, nós colocamos à disposição até para que fosse feito lá no Centro de Eventos essa vacinação, porém, não foi aceito. Então eles (Governo do Estado) resolveram fazer eles mesmo as doses, nós treinamos o pessoal da saúde na questão do cadastro e do registro e também levaríamos o nosso pessoal para dar um suporte e ficou tudo acertado”, relatou a coordenadora.
Valeria Oliveira ainda continuou: “Porém na tarde de ontem foi informado que não poderia nos disponibilizar essas vacinas. Conversamos com quem estava representando o pessoal da segurança e pedimos que adiassem para amanhã, sexta-feira (9), porque eles não teriam as doses, mas disseram que já estaria tudo acertado. Então como não tinha assinado o ad referendum, nós não poderíamos receber essa vacina e a princípio eles alegaram que não tinham o total, que eles iriam juntar uma reserva técnica que estaria na rede estadual para dar o quantitativo necessário”, explicou.
Questionada por Emanuel qual seria a responsabilidade de Cuiabá na entrega das vacinas, ela respondeu: “O Estado não pode entregar a vacina para uma entidade, ele tem que entregar para um município. Então ele tem que entregar para o município a quantidade referente para esses policiais das forças de segurança, para que o município repasse para quem aplicaria as vacinas, que no caso são eles (Governo do Estado) mesmo. Eles não entregaram”, encerrou.
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Após as explicações, Emanuel completou: “Fizeram tudo isso e não tinham vacina.” Segundo o gestor, o Governo do Estado também anunciou vacinação em Várzea Grande, porém não executou.
“Eles estão anunciando que estão vacinando as Forças de Segurança no Estado inteiro e não estão. Em Várzea Grande eles também não mandaram a vacina. Várzea Grande ainda não está vacinando as Forças de Segurança, isso está acontecendo na maioria dos municípios, mas o negócio é culpar Cuiabá”, afirmou o prefeito.
Já a coordenadora da Vigilância em Epidemiológica, Flávia Guimarães complementou as declarações da colega explicando ao prefeito e a população cuiabana, sobre a necessidade de entender o processo.
“Não tem como o município pegar da sua vacina, que já está destinada para os idosos e para outros grupos, para passar para Segurança Pública, por mais que a gente queira estreitar o processo, não é este o processo. A vacina destinada para cada grupo, esse público é dos municípios nossos. Então deveria ser vacinado como os outros, mas querem fazer diferente, a gente deu todo apoio para isso, mas tem que receber a vacina do Estado, para poder fazer! Não pode ser a partir das nossas ações”, disse a profissional.
Após ouvir as duas técnicas, Emanuel concluiu que o Governo do Estado ataca a Prefeitura de Cuiabá tentando justificar a falta de planejamento.
“Essa vacina que diz que estava na mão do Estado, o Governo diz que a Prefeitura não entregou. Vocês ouviram a verdade dos fatos, tanto é verdade que nós estamos falando que o município não tem essas vacinas. Agora eles estão anunciando que amanhã de manhã eles vão se vacinar. Uai, se eles vão vacinar amanhã é porque conseguiram a vacina de algum lugar”, disse Emanuel, que foi esclarecido por Flávia Guimarães: “Hoje a tarde depois da aprovação CIB, o município vai buscar para amanhã fazer o que estava combinado, de entregar para eles conforme acordado tecnicamente”, disse.
Para Emanuel o Governo tentou apagar "o brilho do aniversário de Cuiabá". "Que papelão governador! De qualquer forma peço desculpas por ter tomado o tempo para esclarecer. Volto às minhas visitas aos bairros de Cuiabá e as obras que estou vistoriando e entregando (...) Fique essa a grande mensagem ao Governo do Estado, inclusive para minha equipe: Não brinquem com a vida das pessoas”.
Ao finalizar, Emanuel destacou que o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho (PTB), que a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados em Brasília vai tomar providências severas junto a Câmara dos Deputados, ao Ministério da Saúde e a Presidência da República "ante essa desumanidade, desrespeito com as Forças de Segurança do Estado de Mato Grosso patrocinado pelo Governo do Estado, assim mesmo Feliz aniversário Cuiabá.”
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