O senador Wellington Fagundes (PL-MT) em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (20.08) evitou polemizar sobre a ação da Polícia Federal contra o cantor e ex-deputado Sérgio Reis, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/Brasil), Antônio Galvan.
Eles foram alvos de operação e proibido de se aproximarem da Praça dos Três Poderes, em Brasília, durante manifestação marcada para o próximo 7 de setembro.
Fagundes lembrou que o cantor – que perdeu shows, contratos e parcerias musicais – pediu desculpas após ser acusado de incentivar atos antidemocrático e pressionar o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
“Na questão do Sérgio Reis, ele mesmo já veio a público se desculpar. Então, acredito, que às vezes alguns tenham excedido muito e quando excede, sempre leva problema. Quando você ofende alguém você pode pedir desculpa, mas esse alguém pode não aceitar e para isso tem a Justiça”, declarou o senador à imprensa, durante inauguração de duplicação da BR-163-364/MT, no Distrito Industrial de Cuiabá.
Questionado se houve abuso no mandado de busca e apreensão autorizado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, no inquérito que apura atos antidemocráticos, Fagundes deixou que o juízo de valor seja feito pelas partes envolvidas.
“Isso é uma decisão do ministro e a decisão do ministro pode ser questionada. Então, com certeza o que ele está tomando de decisão será analisado pelo Pleno do Supremo. Então, eu não vou questionar a decisão do ministro, quem tem que questionar são os partidos, ou os atingidos e caberá ao Pleno tomar essa decisão”, declarou o senador.
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Caso - Nesta semana, Sérgio Reis virou alvo de um inquérito da Polícia Civil do Distrito Federal após um vídeo em que ele convoca caminhoneiros para um protesto contra o STF circular nas redes sociais. O músico é investigado por associação a crimes como ameaça, dano e por expor a perigo os meios de transporte público.
Já o presidente da Aprosoja, Antônio Galvan, teria supostamente almoçado com Reis e com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para planejar o movimento de 7 de setembro em Brasília. Em nota, Antônio Galvan informou que à PF, foram extremamente gentis. “Nada encontraram em casa que justificasse a operação ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes.”
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