Com 18 favoráveis e dois contrários, os deputados estaduais de Mato Grosso aprovaram nesta quarta-feira (06.01) o pedido do governador Mauro Mendes (DEM), para alterar, mediante aditivo, os contratos de financiamento firmados com a Caixa Econômica Federal, na ordem de R$ 1 bilhão, em decorrência da troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o BRT (ônibus de trânsito rápido).
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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), enfatizou que o Legislativo apenas autorizou a mudança do empréstimo junto ao banco e não a mudança do modal.
“Querem jogar a responsabilidade da mudança do modal para cima do nós, isso não. Apenas aprovamos o projeto que prevê alteração dos contratos de financiamento firmados com a Caixa Econômica Federal referente ao modal. A questão da mudança do VLT pelo BRT não foi nossa. A decisão não foi política e sim técnica”, disse o parlamentar.
Durante a sessão os deputados petistas, Lúdio Cabral e Valdir Barranco defenderam a não aprovação da mudança afirmando que era preciso ouvir a população e os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande sobre a alteração do modal, chegando inclusive a citar a necessidade de audiências públicas para debater o tema.
“Não podemos cometer o mesmo erro do passado. O caminho para cometer esses erros e falta de diálogo para efetuar essa mudança. É preciso discutir todos fatores envolvidos. A região metropolitana precisa ser ouvida. Acredito que precisaríamos de 60 a 90 dias para promover este diálogo e então decidir pela mudança ou não”, disse Lúdio.
Já outros deputados, principalmente da base do Governo, defenderam a mudança do VLT para o BRT, afirmando que Mauro Mendes acertou na mudança é que era preciso tomar uma decisão para solucionar do problema, no qual teria sido acertada em decorrência do baixo custo do BRT em relação ao VLT e o preço da tarifa do transporte que deve ser menor.
“O VLT é um modal impraticável. Nós temos aqui na Assembleia duas opções: BRT ou deixar como está. Não podemos deixar como está. O governador se comprometeu em implantar o BRT. Então devemos aprovar essa mudança. Mas, que tudo seja realizado de forma transparente para que não ocorram roubalheira como aconteceu lá atrás”, declarou Faissal Calil (PV).
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