O PL é o partido que, atualmente, tem uma das maiores bancadas da Câmara e do Senado, além de ter elegido a maior quantidade de deputados estaduais nas eleições, com isso, o partido também é o que mais tem representantes no Legislativo que apoiaram as manifestações golpistas.
Diversos parlamentares da sigla que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro, reforçaram as invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, nas redes sociais ou por declarações públicas.
Segundo pesquisa, 41 deputados federais e senadores de nove partidos, que estarão na próxima legislatura, se posicionaram com argumentos falsos ou enganosos sobre o acontecimento. Entre eles, o deputado por Mato Grosso, José Medeiros (PL-MT), que disse que vandalismo foi “orquestrado por infiltrados visando enfraquecer o movimento antipetista”. O deputado teve a conta banida no Twitter.
O deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) também teve a conta banida no Twitter e no Instagram por disseminar fake news, assim como o deputado José Medeiros.
Mais quatro deputados estaduais do PL mineiro, divulgaram informações distorcidas ou enganosas para se referir a manifestação golpista. O deputado Bruno Engler compartilhou o trecho de uma entrevista do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), onde ele afirma que houve “vista grossa” do governo petista para as invasões. Um parlamentar do mesmo partido de Zema, o Marcel Van Hattem (RS), também usou da fala do governador e disse: “Lerdeza gigantesca foi proposital?”
Carlos Jordy (RJ), que também é deputado federal, alegou que filmagens apontaram pessoas infiltradas. "Isso não quer dizer que não existiam apoiadores do Bolsonaro envolvidos, só que a maioria estava pacífica, e esses infiltrados os atiçaram", disse. Porém, não existem provas nas investigações que sustentem as afirmações do deputado.
O deputado estadual eleito Alan Lopes (PL-RJ) disse haver uma “armadilha preparada pelos comunistas para culpar inocentes”. Em entrevista ao jornal "O Globo", Lopes afirmou que se referiu a “profissionais que invadiram o prédio e incentivaram outras pessoas a fazerem o mesmo”.
O deputado Danilo Balas, de São Paulo, também compartilhou uma versão conspiratória sobre os atos. Ele postou um vídeo no qual o senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirma que o governo federal “foi avisado, mas não tomou providências”, o que não tem fundamento nos documentos divulgados.
Outros cinco parlamentares do PL, entre eles, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, compararam a prisão de mais de 1,2 mil pessoas suspeitas de participação nos atos golpistas aos campos de concentração da Alemanha nazista. A comparação foi desprezada por entidades, como a Confederação Israelita do Brasil (Conib), que a rotulou como “indevida”, e disse que essa analogia "banalizam o Holocausto". Com informações "O Globo".
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