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Política Quinta-feira, 06 de Janeiro de 2022, 11:50 - A | A

Quinta-feira, 06 de Janeiro de 2022, 11h:50 - A | A

“Dado alarmante”

Deputado afirma que Comando Vermelho tem mais filiados que policiais civis para investigá-los

"Tem mais de 5 mil membros do comando vermelho e para combater e investigá-lo você tem 3 mil policiais civis", criticou o deputado

Adriana Assunção & Kleyton Agostinho/VGN

O deputado delegado Sérgio Ribeiro Araújo (PSL) em entrevista na quarta-feira (05.01) teceu críticas em razão do baixo contingente policial em Mato Grosso, bem como, ao uso de policiais considerados aptos ao combate à criminalidade para desempenhar funções administrativas. Sérgio é delegado em Sinop e assumiu a cadeira do deputado Dr. Eugênio, licenciado por 4 meses para tratar de assuntos particulares.

O deputado comparou o número de policiais civis aptos para investigação com a quantidade de membros de uma facção criminosa. “Eu vou dar um dado alarmante aqui: A Polícia Civil tem menos de três mil policiais nas ruas, se você olhar uma quadrilha no Estado de Mato Grosso, chamada comando vermelho, essa quadrilha tem mais filiados do que o contingente da polícia Civil, quer dizer: tem mais de 5 mil membros do comando vermelho para combater e investigá-lo e você tem 3 mil policiais civis. Então, algo está errado”, criticou o delegado.

Segundo Sérgio Ribeiro Araújo, que representa o Norte do Estado, a solução vai além de concurso público. Para ele, é preciso criar meios para retirar policiais de funções burocráticas e colocá-los nas ruas. 

Elemento humano é essencial no combate a criminalidade

“Veja a Polícia Militar e a Polícia Civil, tem a atividade operacional da rua, o combate efetivo ao crime, no entanto, quando você vai olhar, essas polícias ainda são muito burocráticas, nós ocupamos muitos policiais em atividades administrativas: você tem um investigador com 15 anos de polícia, experiente, que está ‘sentado em um mesa’ fazendo ofício ou sendo guarda de prédio, quando esse cidadão deveria estar no combate à criminalidade, usando a experiência dele”, argumentou o delegado.

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Ele sugeriu ao Governo opções para retirar esse policial da função administrativa: “O cargo de técnico administrativo, é um cargo barato, e o Governo pode contratar muito mais pessoas, uma função para atividade meio, se você colocar 300 técnicos administrativos na Polícia, você libera 300 policiais para as ruas, se colocar mil técnicos administrativos para Polícia Militar você libera mil policiais que vão para ruas.”

Questionado sobre as regras da corporação que proíbe terceirizar o serviço, o deputado explicou: “Atividade policial em regra é o combate ao crime, contudo, a atividade de escrever um ofício, como, por exemplo, eu preciso de pneu, não é necessário um servidor classe especial, que ganha R$ 15 mil”, criticou.

O deputado delegado Sérgio Ribeiro afirmou que a Segurança Pública na região Norte de Mato Grosso —, é a região com menor contingente de policiais. “O Estado é dividido em 15 regiões para trabalho da Segurança Pública, destas, 15 regiões, Sinop, Colíder, aquela região Norte é a quarta maior região do Estado e a décima terceira e a décima quarta em número de policiais. Então nós temos pouquíssimos policiais em Sinop, pouquíssimos policiais civis e militares em Colíder, pouquíssimos em Terra Nova, Vera, Feliz Natal, Cláudia. Um dos nossos primeiros requerimentos ao Governo do Estado é que solucione essa questão da Segurança no Norte do Estado”, declarou.

O deputado ainda comparou as estatísticas criminais no Norte com a cidade de Rondonópolis: “São parecidas. A diferença é o contingente de policiais lotados na região de Rondonópolis. Tem mais policiais lá, do que em Sinop. O que faz com que a carga de trabalho dos policiais civis, militares, e agentes prisionais e de todo aparato da Segurança Pública fique sobrecarregada e a população mais exposta ao risco”, avaliou.

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