Documentos obtidos com exclusividade pelo Hora 1 da Notícia citam a cunhada do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, como suposta destinatária de dinheiro do esquema de corrupção da Petrobras. O material faz parte das investigações da Operação Lava Jato.
O Hora 1 teve acesso a documentos que mostram uma negociação entre o doleiro Alberto Youssef e um funcionário da empresa OAS, em que o endereço da cunhada de Vaccari aparece como destino de uma entrega.
Um organograma feito pela Polícia Federal explica a suposta movimentação do dinheiro de Youssef para a empreiteira OAS. Segundo a PF, o funcionário da empresa José Ricardo Breghirolli, preso na operação, orienta Youssef a levar os valores para um endereço específico, o da cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima. O relatório dá detalhes da negociação.
Segundo os investigadores, o documento mostra entregas de dinheiro feitas por Youssef em várias cidades do país.
No dia 14 de novembro, data do início da sétima fase da Lava Jato, Marice Correa de Lima foi levada para prestar depoimento na Polícia Federal, em São Paulo. Nele, ela confirma que mora no endereço citado na mensagem do funcionário da OAS para Alberto Youssef. Ela também disse que tem pouco contato com o cunhado, João Vaccari. Diz ainda que desconhece as pessoas citadas pelos investigadores e nega que tenha sido entregue qualquer coisa a ela.
João Vaccari, cunhado de Marice, tem negado qualquer envolvimento com o esquema do doleiro Alberto Youssef e com as irregularidades na Petrobras. Na última sexta-feira, Vaccari foi aplaudido na reunião do diretório do PT, em Fortaleza, quando disse, diante da plateia de membros do partido, que era inocente.
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