por Lucione Nazareth/VG Notícias
O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a situação administrativa, financeira, contábil e operacional do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor do Estado de Mato Grosso (MT Saúde), apontou quatro culpados por provocar o desmantelamento do plano, são eles: Gelson Ésio Smorcinski (ex-presidente do MT Saúde), Marcelo Marques dos Santos, João Enoque Caldeira da Silva e Washington Luiz Martins da Cruz – os três são sócios ligados a empresa Saúde Samaritano, que administrou o plano entre os anos de 2011 e 2012.
De acordo com o relator da CPI, deputado Emanuel Pinheiro (PR), as investigações apontaram existência de falhas na parte administrativa e contábil do plano. No entanto, não cita em nenhum momento desvio de recursos.
A CPI do MT Saúde foi formada para investigar suposto desvio de dinheiro, já que o Estado descontava um valor dos salários dos servidores, mas não repassava para as empresas e hospitais prestadores de serviços ligados ao MT Saúde, o TCE apontou um rombo de mais de R$ 21 milhões.
Segundo o relatório, os problemas no plano de saúde foram causados por má gestão das operadoras “Open Saúde” e “Saúde Samaritano”. Ainda conforme o relatório, Gelson teria que ter tomado na época, providências para o não desmantelamento do plano ou ter proposto a extinção do mesmo e a não continuar a realizar contratações com dispensa de licitação que ocorreram no MT Saúde.
O relatório será encaminhado ao Ministério Público do Estado (MPE) para que o órgão continue com a investigação. Caso Gelson Ésio Smorcinski, Marcelo Marques dos Santos, João Enoque Caldeira da Silva e Washington Luiz Martins da Cruz, sejam considerados os verdadeiros culpados, irão responder pelo crime de improbidade administrativa e crime contra o patrimônio público.
Discordância do relatório - As informações do relatório causaram indignação na deputada Luciane Bezerra (PSB) – membro da CPI-, que declarou que vai entregar para a Comissão um relatório paralelo com informações sobre as investigações onde vai apresentar mais culpados pelos problemas no MT Saúde e não apenas quatro como Emanuel apresentou nesta terça-feira (18.06).
O presidente da CPI, o deputado Walter Rabello (PSD) disse que a deputada pode apresentar um novo relatório paralelo, mas que ele será de caráter pessoal e não será entregue ao Ministério Público e nem será apresentado ao governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB).
Sugestões para MT Saúde – No relatório, Emanuel Pinheiro apresentou sugestão para reestruturar o plano de saúde dos servidores. O parlamentar sugeriu que o MT Saúde seja transformado em uma autarquia estadual ficando ligada diretamente ao gabinete do governador, dando assim independência administrativa ao plano.
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