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Política Terça-feira, 21 de Junho de 2022, 11:02 - A | A

Terça-feira, 21 de Junho de 2022, 11h:02 - A | A

alta dos combustíveis

Contrária à CPI da Petrobras, Margareth sugere suspensão da política de dolarização dos combustíveis

Segundo Margareth, interferir na política de preços "no afogadilho" poderá causar um caos ou mesmo faltar combustível

Adriana Assunção & Kleyton Agostinho/VGN

A senadora em exercício Margareth Buzetti (PP) afirmou em entrevista nessa segunda-feira (20.06), que não acredita que o projeto (PLP 18/2022) que visa diminuir os preços dos combustíveis irá refletir nas bombas e beneficiar o consumidor brasileiro. Buzetti, que assumiu vaga do senador Carlos Fávaro (PSD) por 121 dias, sugeriu a suspensão da política de dolarização dos combustíveis.

“Sinceramente não acho que esse é o caminho, mas o Senado não poderia se omitir e qualquer redução eu votarei sempre a favor do consumidor. Como cidadã e empresária eu sei como é pagar impostos, porém não acho que esse seja o caminho. Eu acho que isso, o próximo Governo vai ter que desarmar assim que entrar, porque não vai refletir na bomba”, declarou.

Como solução, Margareth sugeriu a suspensão do atual modelo de preços da Petrobras com base no Preço de Paridade de Importação (PPI) por um ano. A política de dolarização da Petrobras ou PPI foi implementada em 2016, durante o Governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), o modelo vincula ao sistema internacional, a variação do dólar e do barril de petróleo.

“A Petrobras tem acionistas que não são do Governo, então, veja bem, é uma situação bem complicada, mas é possível sim, é possível sentar e conversar. De repente suspender o PPI até final do ano, suspender, não eliminar, porque são preços internacionais e tem que ser respeitados”, sugeriu Buzetti.

Leia também: Bolsonaro classifica como “traição” novo aumento de preço dos combustíveis e quer CPI para investigar Petrobras

Segundo Margareth, interferir na política de preços "no afogadilho" poderá causar um caos ou mesmo faltar combustível. Ela sugeriu que o Governo e a Petrobras dialoguem até encontrar uma solução.

“Você interferir em preços internacionais é muito sério e precisa ser muito bem pensado para fazer, porque nós estamos em uma iminência de falta de diesel. Então, a minha pergunta é, melhor um preço mais alto e ter o produto ou termos um preço baixo e não termos o produto. Olha o caos que isso poderá ser. Mas é uma coisa que deve ser pensada, analisada e não pode ser feita no afogadilho”, opinou Margareth.

A parlamentar também manifestou contrária a proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) que em conjunto com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) deve instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os aumentos sucessivos de preços dos combustíveis. A proposta está em fase de coleta de assinaturas.

“Eu acho péssimo! São todos do Governo, os conselheiros são todos indicados pelo Governo. Nós vamos fazer uma CPI num momento desse, quando as coisas tem que se resolver. Quanto tempo demora uma CPI? Está todo mundo correndo para tentar achar uma solução e uma CPI nunca é imediata”, avaliou.

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