Durante sua participação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, o Deputado Federal Abílio Júnior (PL) tem enfrentado críticas e chamadas de atenção devido ao seu comportamento inadequado. O presidente da CPMI chegou a repreendê-lo em diversas ocasiões, destacando que suas atitudes têm prejudicado o andamento dos trabalhos.
Recentemente, o deputado esteve envolvido em uma polêmica ao insinuar que a Deputada Erika Hilton (PSOL-SP) estaria "oferecendo serviços", o que gerou interpretações negativas relacionadas à prostituição. Abílio se defendeu afirmando que a deputada disse que ele "precisava resolver sua carência". No entanto, a deputada esclareceu que sua declaração referia-se à carência afetiva do colega parlamentar, não possuindo conotação sexual.
Em busca de compreender as motivações por trás do comportamento do deputado Abílio Júnior, o consultou o psicanalista Isaias Lima, que identificou a possível existência de uma carência de afeto e atenção. Lima ressalta que pessoas que necessitam constantemente chamar a atenção costumam ter essa carência relacionada a experiências de desamparo em sua infância, traumas ou falta de apoio emocional ao longo da vida.
"Se a gente está falando de uma carência de uma pessoa que tem necessidade de chamar atenção, geralmente é alguém que tem uma carência ligada ao desamparo e isso geralmente está ligado a sua infância, algum trauma, algum desamparo paterno, algum desamparo afetivo, ao longo da vida", disse Lima.
Conforme a análise do psicanalista, Abílio demonstra uma forte necessidade de pertencer e ser percebido - buscando maximizar suas falas e ações a fim de obter a devida atenção, respeito e reconhecimento. Essa busca incessante pode ser entendida como uma tentativa de suprir suas carências afetivas e preencher um vazio emocional.
"Então, é alguém que tem uma carência de pertencer de ser visto, uma necessidade de ser respeitado e aí faz todo o possível para toda a fala ou toda ação, tudo aquilo que faça ser maximizado de uma maneira que as pessoas venham a dar a ele a devida atenção, o devido respeito e o devido reconhecimento", afirmou o psicanalista.
Lima ressalta que a ironia de Erika Hilton ao sugerir que o deputado adote um cachorrinho como forma de suprir sua necessidade de atenção - expõe a inadequação das atitudes do parlamentar durante a CPMI. De acordo com o psicanalista, essa ironia enfatiza que o ambiente político não deve ser utilizado como meio de suprir suas carências afetivas.
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