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Política Sexta-feira, 20 de Julho de 2012, 10:50 - A | A

Sexta-feira, 20 de Julho de 2012, 10h:50 - A | A

Com fogos de artifícios, Ralf Leite retorna para Câmara de Cuiabá; “Não tenho magoas, agora sou paz e amor” diz

Ralf Leite (sem partido) retornou na manhã desta sexta-feira (20.07) a suas atividades na Câmara municipal.

por Rojane Marta & Lucione Nazareth/VG Notícias

Com uma comitiva, faixas e ao som de muitos fogos de artifícios, o vereador por Cuiabá, cassado em 2009, Ralf Leite (sem partido) retornou na manhã desta sexta-feira (20.07) a suas atividades na Câmara municipal.

Em entrevista coletiva, Ralf disse que voltou assim como saiu, de cabeça erguida. “Fiquei 940 dias afastados do cargo que fui eleito, mas, mesmo assim, não me sinto injustiçado. Agradeço as pessoas que me apoiaram, em especial a minha advogada Debora Farias, minha família, amigos e o deputado Dilmar Dal Bosco. Não tenho magoas de ninguém, agora sou paz e amor” disse Ralf visivelmente emocionado, com lágrimas nos olhos.

Ralf destacou que passou mais de 80% de seu mandato afastado e que pretende trabalhar muito para recuperar o tempo perdido. “Pretendo trabalhar muito para recuperar o tempo perdido. Hoje não estou coligado em nenhum partido e por isso, adotarei uma postura independente na Câmara” ressaltou.

Conforme ele, uma das suas primeiras ações em seu retorno será lutar para o aumento do efetivo da Guarda Municipal de Cuiabá.

Sobre a possibilidade de perder o mandato novamente, devido à volta do relator do processo do Supremo Tribunal Federal (STJ), ministro Humberto Martins, que está de recesso e deverá retornar no início de agosto, podendo reapreciar o processo e provocar a perca novamente do seu mandato, Ralf diz não temer .

“Muito difícil eu perder meu mandato de volta, até porque eu tenho um parecer favorável, e também um fato inédito, nunca o Ministério Público de Mato Grosso entrou pedindo a nulidade de cassação de um político, no meu caso ele entrou, por que a injustiça foi tremenda contra mim. As contras razões da Câmara admitiram a nulidade, eu fui inocentado pela justiça das acusações apresentadas para tirar meu mandato”, conclui o vereador.

Com o retorno de Ralf quem perdeu a vaga é o parlamentar Totó César (PTB).

Eleições – De acordo com o vereador, disputar as eleições este ano está descartada, porém, tem planos para o futuro. “Meu futuro político a Deus pertence, mas para estas eleições não tenho pretensão, quem sabe em 2014”, destacou.

Júlio Pinheiro – O presidente da Casa, vereador Júlio Pinheiro (PTB), disse que Ralf pagou um preço muito alto e que sente orgulho de empossá-lo novamente. “Deus quis que naquela época, quando Ralf foi cassado, que eu não votasse pela sua cassação. Eu fui vaiado e incompreendido por muitos, mas, mesmo assim, alertei os demais colegas vereadores que com a cassação de Ralf não seria uma brecha e sim uma avenida jurídica aberta para ele voltar por cima. Ralf pagou um preço alto”, declarou Pinheiro e completou que dará total apoio ao vereador. “Serei um parceiro de Ralf, um irmão”, finalizou.

Limitar do STJ - O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pagendler, deferiu na última quarta-feira (18.07) uma liminar em favor suspenso a cassação Ralf Leite, autorizando a volta do parlamentar a Câmara de Vereadores de Cuiabá.

No entendimento do ministro, o processo de cassação de Ralf não foi feito de maneira correta – como estabelece a Constituição Federal.

Cassação de Ralf - Ralf Leite foi cassado em 2009 pela comissão ética da Câmara Municipal de Cuiabá, por quebra de decoro parlamentar, após ter sido preso por acusações de exploração sexual, corrupção ativa e falsidade ideológica.

De acordo com os integrantes da Comissão de Cassação, Everton Pop (PSD), Domingos Sávio (PMDB) e Adevair Cabral (PDT), o ex-parlamentar teria usado do cargo político para intimidar policiais militares em frente a um motel na região do posto Zero Quilômetro, em Várzea Grande. A intimidação teria sido uma tentativa de evitar a prisão quando foi pego alcoolizado e com um travesti menor de idade.

O ex-vereador entrou com vários pedidos de anulação da sua cassação no legislativo cuiabano e no Supremo Tribunal de Justiça.

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