O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou em entrevista à imprensa nessa semana que as investigações dos ataques em Brasília precisam “separar o joio do trigo” e garantir o direito da ampla defesa aos envolvidos. Segundo ele, os atos de vandalismo não representa os atos da direita, o deputado bolsonarista avalia como burrice a participação na invasão aos Três Poderes.
“Foi uma burrice sim dos bolsonaros que se deixaram entrar nessa onda, que foram lá ‘passear’, que não quebraram nada e que estavam lá achando estarem fazendo um benefício para a Democracia e não estavam. Isso, sim, foi uma burrice”, disse Cattani.
Porém, entrou em contradição ao avaliar que “bolsonarista é uma pessoa consciente, politizado e inteligente”. Ele respondia se houve ou não enfraquecimento do Bolsonarismo quando externou a nova opinião. “Aquele pessoal que ‘trabalhou’ lá, ‘trabalharam’ enganados e muito conscientes, ‘trabalharam’ para que a esquerda se fortalecesse. Agora, enfraquecer o Bolsonarismo não, porque o bolsonarista é uma pessoa consciente, politizado e inteligente”, afirmou nessa quarta-feira (11).
Segundo o parlamentar, o vandalismo em Brasília – atribuído por ele como responsabilidade dos infiltrados - não enfraqueceu a direita, mas fortaleceu a esquerda. Em seu entendimento, alguns manifestantes foram enganados e outros agiram de forma consciente para fortalecer a esquerda, que acabou conquistando apoio maciço dos governadores, do Congresso e de alguns membros do Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não tinham. "O Bolsonarismo não é aquilo."
Sobre o financiamento dos atos antidemocráticos em Brasília, o deputado bolsonarista argumentou lembrando que apoiadores de Lula também acamparam quando foi preso em Curitiba. “Teve financiamento? Ou eles se juntaram e fizeram aquele movimento espontâneo quem eles acreditavam ser sei lá o que: no meu entendimento um presidiário e continua sendo.”
Já sobre os bolsonaristas serem financiados por parte do agronegócio bolsonarista de Mato Grosso, Cattani afirma que os recursos vieram de doações de simpatizantes, assim como foram os da esquerda. “As pessoas vinham ali e faziam doações espontânea e queiram estar lá, estavam lá com seu próprio dinheiro. Agora os que cometeram vandalismo é outra história, para isso que existem as investigações, para separar o joio do trigo. Defendo a punição de qualquer criminoso.”
Ele avalia ainda como um absurdo chamar bolsonaristas presos em Brasília como ex-presidiário. Para o parlamentar, faltou o direito a ampla defesa após as 24 horas. “Tinha crianças presas, um absurdo. Em 24 temos audiência de custódia, porque eles não tiveram. Um traficante tem, por que um bolsonarista não tem?”
Quanto a irônica cobrança pela presença dos Direitos Humanos aos bolsonaristas, considerando que a categoria sempre atacada pelo ex-presidente Bolsonaro com ofensas, chegando a chamar os direitos humanos de 'esterco da vagabundagem', o deputado mato-grossense reiterou as críticas.
“Muito bem, mas, você esqueceu de uma parte, nós sempre falamos que não era direitos humanos, é direito dos manos, porque só protegia vagabundo e bandido, sempre foi assim. E o que acontece e que essas pessoas e a maioria delas não cometeram crime nenhum e estão lá presas”, defendeu.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).