O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou nesta, quarta-feira (19.03), que o Brasil está vivendo o início de uma ditadura, classificando o atual cenário político como “o começo dela, e bem forte”. O parlamentar expressou apoio irrestrito ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que se licenciou do cargo na terça-feira (18), para se mudar para os Estados Unidos, alegando ser alvo de “perseguição” política. A informação sobre a licença foi divulgada em vídeo por Eduardo em suas redes sociais.
“Com certeza, condiz com o cenário do Brasil. Tanto assim que já temos deputados na cadeia, que inclusive foram perdoados pela presidência da República. Casos inéditos no nosso país. Então, ele tem toda a razão de ser e de falar, e eu concordo com ele”, declarou o deputado durante a sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Eduardo está nos Estados Unidos desde a posse do presidente Donald Trump, no fim de janeiro. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) para que o parlamentar fosse investigado e tivesse o passaporte apreendido. A decisão seguiu o parecer da Procuradoria Geral da República (PGR), que, por meio de Paulo Gonet, afirmou não haver elementos que comprovem que Eduardo Bolsonaro tenha cometido os crimes mencionados no pedido solicitado pelo partido.
Questionado sobre o enfraquecimento da Direita, devido ao baixo comparecimento ao ato em defesa da anistia para os envolvidos no 8 de Janeiro, realizado no Rio de Janeiro no domingo (16), Cattani evitou polemizar.
A estimativa divulgada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) apontou mais de 400 mil pessoas na manifestação na orla de Copacabana. Já a Universidade de São Paulo (USP) registrou 18,3 mil manifestantes.
“Você realmente acha que tinham 18 mil lá? Você acredita na USP? Eram 18 mil pessoas mesmo? Cara, não vou comentar isso. Isso é um absurdo”, finalizou.
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