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Política Quarta-feira, 19 de Março de 2025, 14:15 - A | A

Quarta-feira, 19 de Março de 2025, 14h:15 - A | A

ato no rio de janeiro

Participação em ato pró-Bolsonaro não buscou alianças, justifica Mauro Mendes

“A pena que está sendo aplicada é muito desproporcional e nós sabemos disso", disse Mauro

Lucione Nazareth & Arielly Barth/VGN

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), afirmou nesta quarta-feira (19.03) que participou de ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no último domingo (16) no Rio de Janeiro, por acreditar que as penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 foram desproporcionais.

O ato pró-Bolsonaro, realizado na orla da praia de Copacabana, foi em defesa da anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. 

Mauro, primeiramente, afirmou que desaprova os atos de 8 de janeiro que resultaram na depredação das sedes do Congresso Nacional, Supremo e do Palácio do Planalto. Segundo ele, pessoas que invadem qualquer propriedade privada ou pública têm que ser penalizadas. 

Contudo, em relação às penas aplicadas para mais de 370 pessoas investigadas por participar dos atentados aos prédios dos Três Poderes, o governador classificou como desproporcional, e neste sentido aceitou participar do ato realizado por Bolsonaro. 

“A pena que está sendo aplicada é muito desproporcional e nós sabemos disso! Eu fui porque me senti no dever, sempre assumo com muita clareza e tranquilidade as minhas posições, de assumir e apoiar aquele ato que tem como objetivo reposicionar o que está acontecendo em termos de penalização. Portanto, eu não fui com o objetivo de fazer alianças e falar de cenário”, disse Mendes. 

Penas envolvidos 8 de janeiro

Dois anos após os ataques de 8 de janeiro, o STF já condenou mais de 371 pessoas. As penas aplicadas aos réus variam de 3 a 17 anos e seis meses de prisão. Os crimes pelos quais foram condenados são cinco: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público. 

Além disso, outras 527 admitiram a prática de crimes menos graves e fizeram acordo com o Ministério Público Federal (MPF) para evitar prisões mediante multa ― os chamados Acordos de Não Persecução Penal (ANPP). O valor arrecadado com esses acordos é de mais de R$ 1,7 milhão.

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