O presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná Filho (MDB) e o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, vereador Lilo Pinheiro (PDT), oficiaram um pedido de compartilhamento de informações aos delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, quem conduzem o caso do vereador e tenente-coronel da reserva da PM, Marcos Paccola (Republicanos).
Paccola matou a tiros o agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa, conhecido como "Japão", na última sexta-feira (1º) e teve um pedido de afastamento imediato protocolado pela vereadora Edna Sampaio (PT) na Casa Leis, bem como, um pedido de cassação de mandato, que foi lido e protocolado na Comissão de Ética na sessão desta quinta-feira (07.07).
“Vamos acompanhar como andam as investigações e fomos prontamente atendidos por cinco delegados de maneira muito respeitosa e nós fizemos um pedido para compartilhamento das investigações”, declarou Juca do Guaraná.
Segundo o vereador Lilo Pinheiro foram solicitadas todas as investigações preliminares das investigações. Segundo o parlamentar, os delegados fizeram o compromisso de entregar todos os materiais quando concluídos os trabalhos. “Hoje nós pedimos de forma oficial junto com a Presidência da Câmara Municipal de Cuiabá que seja compartilhado conosco e também a Comissão de Ética tudo aquilo que foi colhido durante toda essa instrução.”
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Lilo explica que a Comissão avalia até esta sexta-feira (08), preliminarmente, um estudo sobre o pedido de cassação contra Paccola que será entregue na próxima semana. Ele relatou que o trabalho da Comissão será embasado na Perícia Criminal e o resultado técnico do trabalho feito pelos delegados da DHPP. “Não creio que demore mais de 30 dias.”
A partir do protocolo, Lilo relatou que a Comissão terá que responder os quesitos feitos pela vereadora Edna, que fez dois pedidos, um de afastamento cautelar de forma bastante célere e outro pedido de abertura de processo disciplinar visando punição regimental. “Então, a abertura de processo de punição cabe à Comissão de Ética. Isso será feito embasado em relatório técnico. A respeito de afastamento preliminar será analisado se a deliberação compete à Comissão ou à Presidência."
Conduzem as investigações do homicídio, os delegados Hércules Batista e mais quatro delegados. “O trabalho da DHPP está sendo desenvolvido de uma forma técnica, sem adentrar em paixões, sem adentrar em outras instituições. O que cumpre a DHPP definir a autoria e a materialidade do homicídio, o que ocorreu lá foi um homicídio.
O delegado Hércules Batista relatou que a Polícia está esclarecendo todos os pontos obscuros para concluir as investigações. Segundo ele, a conclusão poderá ocorrer dentro de 30 dias, porém esse prazo poderá ser dilatado caso necessário. “Já ouvimos bastante testemunhas, interrogamos o autor dos fatos. Também estão sendo produzidas várias provas periciais. Também está sendo reexaminado todo aquele conteúdo das imagens, foram requisitadas outras imagens, justamente para que a Polícia Civil possa se munir de todas as informações possíveis para concluir as informações de forma exitosa”, disse o delegado garantindo finalizar em 30 dias.
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