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Política Quinta-feira, 07 de Julho de 2022, 15:19 - A | A

Quinta-feira, 07 de Julho de 2022, 15h:19 - A | A

Mudou o foco:

Após fala indigesta, Paccola tenta remendar, mistura morte com política e "ataca" prefeito

Ele cobrou a população por não se revoltar com os desvios da saúde pública, assim como se revoltou com a sua ação, ao matar o agente socioeducativo.

Rojane Marta/VGN

Com risco de ser cassado, por quebra de decoro parlamentar, por matar pelas costas o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, o “Japão”, o vereador de Cuiabá, tenente coronel Paccola tenta mudar o foco e transformar o ato (pedido de sua cassação) em uma questão política. Veja vídeo no final da matéria.

Na sessão de terça-feira (05.07), Paccola subiu à tribuna, chamou a sociedade de hipócrita, pois segundo ele cobra uma ação e quando alguém age é crucificado, e declarou que matou o “Japão” porque foi designado por Deus para fazê-lo “naquele dia, naquela hora, naquele momento”.

Já na manhã desta quinta (07), retornou a tribuna para pedir desculpas à sociedade, por generalizar sua fala, e mudou o foco do assassinado, que gerou um pedido de cassação, com seu imediato afastamento da função, para questões políticas.

Segundo ele, há muita gente interessada em cassá-lo. Ele citou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que conforme ele, é um dos interessados em cassá-lo e cobrou a população por não se revoltar com os desvios da saúde pública, assim como se revoltou com a sua ação, ao matar o agente socioeducativo.

“A minha cassação é interesse para algumas pessoas, para alguns grupos, e em breve a população entendera porque existe este interesse. A fala do prefeito de que ‘o Paccola precisa ser afastado, por ter agido de maneira errada’, quem é o prefeito Emanuel Pinheiro para falar sobre ação policial ou intervenção tática, ou qualquer coisa relacionada. Se ele estivesse falando de corrupção ai eu entenderia, porque disso ele entende. As câmeras me flagraram atirando, sim, mas eu falei porque eu fiz, mas ele não falou porque colocou aquele dinheiro dentro do paletó, ele não explicou porque está aí, junto com essa estrutura que na própria CPI nós já vimos, são mais de R$ 140 milhões desviados da saúde pública, quantas pessoas não morreram e a população não se revolta com isso. Então só quero deixar claro que há interesse da minha retirada deste circuito para que a gente não possa concluir e apresentar um resultado” enfatizou.

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