O senador de Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL) falou sobre seis novas Universidades que serão instaladas no Brasil, dentre elas, a Universidade Federal de Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá). “É uma luta que eu tenho trabalhado há muito tempo”.
Segundo o senador, está programada para a próxima sexta-feira (06.12) a nomeação dos reitores destas novas Universidades. “Nós trabalhamos muito para implantação de cursos no interior, pois quando você implanta um curso no interior, tem mais possibilidade que o médico fique no interior”, pontuou Fagundes.
Ele ressaltou que a única região de Mato Grosso que falta criar o curso de medicina é Barra do Garças (a 511 km de Cuiabá), mas, que também já vem trabalhando.
Fagundes explicou que é difícil para prefeito do interior conseguir um médico. Segundo ele, o prefeito pode oferecer um salário de R$ 30 a 40 mil e mesmo assim, às vezes não consegue médico que tenha interesse em trabalhar no interior do Estado. “Então nós temos que criar também condições para atrair mais médicos, principalmente com a especialidade de médico de família”.
Wellington afirmou que o custo da saúde no Brasil está ficando cada dia mais oneroso. Ele lembrou que foi votado no Congresso Nacional um veto do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que tratava das pessoas com diabetes. “É um título muito bonito, aparentemente seria bom para os diabéticos, mas, na verdade é o loby da indústria farmacêutica querendo vender produtos de alto custo. Sendo que a base da doença pode ser tratada com remédios, com custos mais acessíveis e fabricados no Brasil”, diz.
O sistema Único de Saúde (SUS) está sobrecarregado, segundo Fagundes, principalmente através das liminares e remédios de alto custo. “A base da população, muitas vezes não tem nem uma cibalena, uma vacina, deixa de ter aquilo que é bom para saúde”.
Para ele, quanto mais especialização, mais exames, mais sofisticação, e é mais difícil principalmente para o cidadão ser atendido. Conforme o senador, nem tudo que se fala é o melhor caminho.
Sobre o acordo firmado entre o Brasil e a China, em relação à ferrovia, Fagundes afirmou que a China é a maior compradora do Brasil. “A China é uma grande parceira, mas joga duro”, lembrou. Ele alegou que todo país que tem potencial, impõe força a sua capacidade de comercialização.
De acordo com o senador, o Brasil é um país que tem sua força na produção rural, na exportação das commodities agrícolas. O Brasil, segundo ele, tem um potencial muito grande de ampliar a produção, principalmente no Centro-Oeste brasileiro.
O senador ainda citou que pelo potencial que o Centro-Oeste tem, ele não concorda com as reclamações feitas pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), pois conforme Wellington, o caixa do Estado aumentou e estão arrecadando mais. Mato Grosso foi o único Estado do Brasil que aumentou mais de 4% sua riqueza.
“Ele está vendendo as dificuldades, claro, início de Governo, pensando em administrar por quatro anos”, disse aos risos o senador e emendou “consequentemente o Estado e as Prefeituras melhoram em cima da arrecadação”.
Sobre a viabilidade dos trilhos da ferrovia que está em Rondonópolis e fará sentido Cuiabá e Nortão, o parlamentar disse que é importante explicar para população que a ferrovia Ferronorte foi idealizada há mais de 100 anos e está parada, mas que precisa avançar.
Ele ainda explicou o motivo da ferrovia estar parada na cidade de Rondonópolis. Segundo ele, não tem mais capacidade de cargas. Fagundes confirmou que já tem o parecer favorável da Agência Nacional de Transporte Terrestre, falou ainda que o Tribunal de Contas do Estado já votou a semana passada, e que provavelmente o contrato deve ser assinado até janeiro.
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