Denúncia encaminhada à reportagem do VG Notícias afirma que na Prefeitura de Várzea Grande, estaria ocorrendo "tráfico de influência", em relação à contratação e manutenção de servidores em funções dentro das Secretarias municipais e autarquias do município.
Conforme a denúncia, o juiz Marcos José Martins de Siqueira, titular da 2ª Vara Cível do município, teria pedido, pessoalmente, ao prefeito Walace Guimarães (PMDB) para não exonerar a sua esposa, Rosane Lorenzi, do Instituto de Seguridade Social dos Servidores de Várzea Grande (Previvag).
De acordo com a denúncia, além de não exonerar Rosane, Walace ainda pediu para que a mulher do juiz ficasse lotada no gabinete da Presidência como “braço direito” do diretor-presidente do Instituto, Jazon Baracat, no cargo de assessora especial.
Ainda segundo a denúncia, além do juiz Marcos José, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Juvenal Pereira da Silva, também teria pedido a Walace para deixar Rosane na Previvag.
O site VG Notícias já denunciou em outras oportunidades que Rosane Lorenzi, vem sempre dando um jeito de permanecer na Previvag. Em 2011, o prefeito em exercício na época, vereador João Madureira (PSC), nomeou de forma irregular a esposa do juiz, como procuradora da Previvag.
Segundo o artigo primeiro da Lei municipal 3.220/2008, os cargos de gerência Administrativa, gerência de Finanças, gerência de Benefícios e Procuradoria (cargo de Rosane), devem ser ocupados por servidores concursados, o que implica no caso de Rosane – já na época era servidora contratada em cargo de comissão.
Rosane chegou a assumir interinamente a Presidência do Instituto, no lugar de Cely Almeida, por um período de 34 dias. Clique aqui e confira matéria relacionada.
Outro Lado – Em entrevista ao VG Notícias, o diretor-presidente da Previvag, Jazon Baracat, disse que desconhece o pedido ou indicação do juiz para que Rosane continuasse lotada no Instituto. Ele garantiu que ela está na autarquia porque há vários anos trabalha no órgão e sempre realizou um bom trabalho e devido a isso não foi exonerada.
Referente ocupar um cargo no gabinete da Presidência, Jazon explicou que realizou este ano uma reforma administrativa e como Rosane é uma servidora comissionado e não concursada, foi retirada da função de procuradora da Previvag – cargo que pode apenas ser ocupado por servidor de carreira-, e nomeada para a função de assessora especial.
No entanto, apesar de as explicações de Jazon, já havia denúncia de que Rosane não estava comparecendo ao trabalho. Na oporunidade foi questionado o presidente da Autarquia que informou que Rosane passava por alguns problemas - e por isso não estaria trabalhando. Ele ainda disse que a esposa do magistrado seria lotada na Secretaria de Assitência Social. Na Procuradoria do órgão está lotada a servidora Paula Regina Gama Martins. Contudo, além da esposa do juiz não ser exonerada da Previvag, ainda foi promovida.
A reportagem do VG Notícias não conseguiu falar com o juiz Marcos José. A assessoria do magistrado foi informada da denúncia, mas não retornou aos questionamentos do VG Notícias. A reportagem também não conseguiu falar com o desembargador Juvenal, porque o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), estava sem expdiente. A denúncia será encaminhada ao MP e também a Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT), para que seja tomada s providências.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).