Leovani da Silva de Souza, 43 anos, foi morta com três tiros na cabeça, disparados por Antônio Aparecido Firmino Gonçalves, 40 anos, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal havia cerca de cinco meses. O crime ocorreu no início da manhã deste sábado (29.03), na região de Bordolândia, zona rural do município de Bom Jesus do Araguaia, localizado a 888 km de Cuiabá.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada inicialmente por Orlando Francisco da Hora — marido de Leovani —, que relatou o feminicídio. Em seguida, o próprio autor do crime entrou em contato com a polícia, informando que havia cometido um “crime passional” e que desejava se entregar. Antônio indicou sua localização e entregou, também, a arma utilizada: uma pistola Taurus 9 mm, contendo 13 munições intactas.
Ao chegar à residência do suspeito, os policiais foram recebidos por ele com as mãos erguidas. Antônio confirmou o crime e conduziu a equipe até a propriedade rural onde o assassinato havia ocorrido.
Se ela não viver comigo, não vai viver com você, nem com mais ninguém. E, se quiser continuar vivo, saia da frente
No local, Orlando relatou que Antônio e Leovani haviam decidido encerrar o relacionamento extraconjugal após a esposa do suspeito descobrir a traição. Mesmo após o acordo de que cada um seguiria seu caminho, na manhã deste sábado, por volta das 5h30, Antônio foi até a casa do casal, armado, e anunciou que mataria Leovani.
Ao tentar impedir a tragédia, Orlando ouviu do suspeito a seguinte frase: “Se ela não viver comigo, não vai viver com você, nem com mais ninguém. E, se quiser continuar vivo, saia da frente.”
Leovani ainda tentou se proteger, saindo pela porta da frente da residência, mas foi alcançada por Antônio na porteira da propriedade. Ele a arrastou pelos cabelos e efetuou três disparos fatais em sua cabeça.
Após o crime, Antônio fugiu em uma motocicleta, mas, posteriormente, se entregou às autoridades. Além da pistola utilizada no feminicídio, ele entregou, voluntariamente, outra arma registrada em seu nome como CAC (Caçador, Atirador e Colecionador): uma carabina calibre .22, com 96 munições.
Durante o trajeto até sua residência, acompanhado pelos policiais, o suspeito afirmou ter se sentido “usado” pela vítima após o fim do relacionamento. Antônio foi preso e encaminhado, sem lesões corporais e sem o uso de algemas, à Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Ribeirão Cascalheira.
O local do crime foi isolado, e a Perícia Técnica (Politec) foi acionada para os procedimentos de praxe.
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