Um reeducando que está detido na Centro de Detenção Provisória de Tangará da Serra, a 251 Km de Cuiabá, foi obrigado a tomar bebida com remédios tarja preta e sofreu um estupro coletivo na Ala 12 do presídio. O crime ocorreu às 20h30 da última segunda-feira (27.01). Seis reeducandos foram detidos e acusados do crime.
De acordo com o relato do detento, ele foi obrigado a tomar uma bebida alcóolica com psicotrópico. Os suspeitos o obrigaram a tomar clonazepam, clorpromazina e carbamezpina.
Em seguida, seis suspeitos teriam realizado um estupro coletivo. O local onde a vítima sofreu o crime é uma ala específica para reeducandos LGBTs.
Segundo relato da vítima, seu "companheiro" da cela foi transferido para outra unidade, a partir de então outros vizinhos de cela começaram a assediá-lo.
"Comecei a sentir uma tontura, já estou acostumado a beber remédio, foi quando começou eles querendo fazer sexo, eu falando que não, então começou, me seguraram", contou o reeducando.
O reeducando contou que gritou, chamou policiais penais, mas não foi atendido. Em relato, ele narrou que uma policial penal ironizou a situação: "Você não gosta? Você está aí é para fazer isso mesmo?", teria dito.
Depois de ver o detento chorando, em desespero, a policial penal decidiu levar o reeducando para o camburão. O reeducando contou que foi ameaçado de morte após o crime de estupro.
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