Quatro estelionatários foram presos na manhã desta quinta-feira (11.04) nas cidades de Várzea Grande e Cuiabá durante uma operação realizada pela Polícia Civil do Pará em conjunto com a Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC) e a Polícia Civil de Mato Grosso.
Durante a ação, 10 mandados judiciais foram realizados, sendo seis mandados de prisão preventiva e quatro buscas e apreensões contra investigados de aplicar golpes do “falso parente”, fraudar documentos e realizar movimentação de valores em nome de terceiros.
As investigações foram iniciadas após dois idosos, residentes do Pará, registrarem boletins de ocorrência relatando os fatos. Sendo descoberto que os criminosos eram membros de uma única família e participavam da confecção de documentos de identidades com nomes de terceiros.
O trabalho investigativo revelou que os idosos paraenses somam cerca de R$ 30 mil de prejuízos. Outros casos semelhantes, com vítimas no Pará, Amazonas (AM), Paraná (PR), Pernambuco (PE) e Rio de Janeiro (RJ), estão sendo investigados.
Conforme o delegado Márcio Murilo de Freitas, da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados por Meios Cibernéticos (DCCEP), vinculada à DECC, criminosos violentos que costumavam agir nas ruas estão migrando para os delitos digitais, devido às prisões mais simples, que costumam ser de 15 dias a três meses, e pela ilusão do anonimato.
“Parte dos investigados já possuem extensos registros criminais e atuaram em crimes de roubo a banco na modalidade furto a caixa eletrônico e tráfico de drogas, bem como, são integrantes de facção criminosa, demonstrando com isso o que outras apurações em andamento estão revelando, a migração dos crimes contra violência e grave ameaça para os crimes cibernéticos", destacou.
Alerta
A delegada Vanessa Lee, diretora da DECCC, informou que com o aumento no uso das redes sociais, os cuidados com quem você fala devem ser ainda maiores. Isso porque, não é possível ver quem realmente está falando do outro lado. Quem quer que seja, ela pode dizer que é qualquer outra pessoa e assim cometer fraudes e subtrair valores das vítimas.
A ação contou com o suporte operacional da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, Gerência Estadual de Polinter e Capturas, Gerência de Operações Especiais, Gerência de Combate ao Crime Organizado, Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes e Delegacia Especializada do Meio Ambiente.
Com informações da Polícia Civil
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