O policial rodoviário federal (PRF), identificado pelas inicias V.L.M., 60 anos, alvo da operação "Reboque", estaria utilizando do cargo público para prática de crimes de corrupção passiva, extorsão, furto e peculato-furto, no município de Alto Araguaia, a 422 km de Cuiabá. As informações constam em processo judicial sobre o caso ao qual o teve acesso.
Durante a operação deflagrada nessa terça-feira (12.06), pela Polícia Federal, com o apoio da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do policial, e também de sua irmã M.F. M., e deu seu filho A.V.M., além de dois empresários e de um funcionário do policial.
Nas investigações, foi constatado que o policial solicitava valores indevidos durante fiscalização de veículos, participava de esquemas de saques de mercadorias de veículos acidentados na BR-364, além de comercializar as mercadorias furtadas. O policial agiu em conluio com um borracheiro e com o proprietário de uma empresa de guincho.
Galpão para guardar produtos furtados
Foi ainda constatado nas investigações, que V.L. usava a irmã e o filho como "laranjas" de suas empresas. Um galpão com sucatas de veículos como caminhões e ônibus e carros deteriorados foi localizado próximo de um terreno destinado para depósito de entulhos, utilizado pela empresa do filho do investigado. Empresa de familiares do servidor público também presta serviços para Prefeitura de Alto Araguaia.
Diante da denúncia e algumas constatações, o juiz federal, autorizou busca e apreensão nas residências dos envolvidos, quebra de sigilo telefônico e acesso e perícia de computadores, notebooks, mídias, entre outros, além de revista em indivíduos encontrados nos locais de busca.
Durante a operação, um homem identificado pelas iniciais A.D.G.F., 47 anos, foi preso por porte ilegal de arma de fogo, em um sítio, às margens da rodovia BR-364, km 4,0. Duas espingardas foram apreendidas.
Em depoimento, A.D., disse que arrendava a fazenda onde estava. Contudo, foi verificado que é de propriedade do policial rodoviário, e D.A. é funcionário dele, registrado na empresa do filho do servidor público.
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