A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (28.02) a Operação “Peixe Grande” para prender empresários ligados a Marlene de Jesus Araújo, a Rainha do Sararé, envolvidos em um esquema de garimpo ilegal na Terra Indígena do Sararé.
De acordo com a PF, até o momento duas pessoas foram presas e outras estão foragidas. Além disso, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Pontes de Lacerda, Confresa e São José do Rio Preto em São Paulo.
As investigações iniciaram após a deflagração da Operação Rainha do Sararé, deflagrada em agosto de 2022, que resultou na prisão de Marlene de Jesus – atualmente está cumprido medidas cautelares, entre elas uso de tornozeleira eletrônica.
Segundo a análise dos dados financeiros, no período de menos de três anos foram identificadas mais de R$ 47 milhões em movimentações suspeitas, fragmentadas em inúmeras transações, a fim de ludibriar a fiscalização realizada pelo COAF.
A Polícia Federal apontou que na operação desta terça (28) mira proprietários ou sócios de empresas dedicadas à comercialização de metais preciosos, os quais se aproveitam de suas atividades lícitas para “esquentar” o minério precioso extraído ilegalmente da Terra Indígena Sararé, situada no município de Pontes e Lacerda.
“A ação policial tem a finalidade de descapitalizar a organização criminosa investigada, cessando as atividades criminosas direta e indiretamente financiadas pela extração ilegal de ouro, como a degradação ambiental e os danos sociais e humanitários às populações da região”, diz nota da Polícia Federal.
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