Mais de 23 milhões de brasileiros vivem em áreas dominadas por facções criminosas ou por milícias. A informação é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em conjunto com o Datafolha e o jornal Folha de S. Paulo. O estudo foi divulgado nessa segunda-feira (02.09).
Dados da Pesquisa de Vitimização e Percepção Sobre Violência e Segurança Pública, apontam que 14 milhões de pessoas reconhecem a existência de cemitérios clandestinos em suas cidades, enquanto outros 10 milhões tiveram um parente ou um conhecido que desapareceu ao longo dos últimos 12 meses.
Segundo o Fórum, os números alarmantes demonstram o impacto da presença do crime organizado no dia a dia dos brasileiros, sobretudo nas grandes cidades, “o que tem despertado atenção maior de jovens e adultos da faixa etária entre 16 e 24 anos”.
A entidade cita que nas cidades do interior as organizações criminosas também estão adentrando, tornando-as pontos estratégicos para distribuição de drogas e outros negócios ilícitos.
Ainda segundo o Fórum, os cemitérios clandestinos em cidades brasileiras estão, muito provavelmente, correlacionados ao número de pessoas desaparecidas e à presença de facções e milícias nos territórios.
“Isso traz um problema grande para as autoridades públicas, que apostam em uma queda do número de homicídios, quando na verdade os dados podem estar sendo mascarados por desaparecimentos forçados, ou seja, pessoas que são retiradas de seu convívio familiar pelo acerto de contas com o crime organizado ou outras situações”, diz trecho do documento.
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