Paulo Witer Farias Paelo, vulgo “WT” é apontado como “tesoureiro” de uma facção criminosa em Mato Grosso que teria comandado, segundo a Polícia Civil, esquema de lavagem de dinheiro na ordem de R$ 65,9 milhões nos últimos dois anos. Ele foi alvo da Operação Apito Final deflagrada nesta terça-feira (02.04).
O investigado foi preso na última sexta-feira (29.03) no Estado de Alagoas enquanto acompanhava uma partida de futebol, e se encontra atualmente recolhido em uma unidade de segurança máxima daquele Estado. Ele havia sido solto em dezembro de 2023 mediante a cumprimento de medidas cautelares, entre elas: uso de tornozeleira eletrônica e proibido de deixar Cuiabá – apenas por meio de autorização judicial.
Nas investigações ficaram comprovadas que o grupo comandado por Paulo Paelo tinha como principal fonte de renda o tráfico de drogas principalmente na região do bairro Jardim Florianópolis em Cuiabá, e que o dinheiro oriundo do ilícito era usado para aquisição de veículos e imóveis, que eram colocados em nome de terceiros (laranjas), em prol de beneficiar a facção criminosa.
O delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Rafael Scatolon, explicou que para auxiliar no esquema, WT fundou dois times de futebol em Cuiabá, sendo um deles “Amigos do WT” para disputar torneios e campeonatos na Capital, em Várzea Grande e até fora do Estado, tendo como único propósito “lavar” dinheiro da organização.
Segundo ele, o atacante do time, Alex Junior Santos de Alencar, vulgo “Soldado”, que também foi preso juntamente com WT em Alagoas. Ele seria membro da facção, sendo apontado como um dos “braços fortes” do grupo.
Além dele, Tayrone Junior Fernandes de Souza, também foi preso no Estado nordestino, como sendo a pessoa responsável por fazer a coleta do dinheiro das “bocas de fumos” em Cuiabá.
O grupo criminoso além da utilização de times de futebol, realizavam distribuição de cestas básicas para famílias carentes da Capital, assim como estaria promovendo a construção de Centro de Treinamento como forma de “lavar” o dinheiro do tráfico de drogas em prol da facção criminosa.
Leia Também - Polícia detalha investigação contra membros de facção suspeitos de "lavar" quase R$ 66 milhões em MT
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).