A jovem Rafaela de Mata Abento Oliveira, 28 anos, registrou um boletim de ocorrência contra o Centro de Referência à Saúde da Mulher, localizado na avenida André Antônio Maggi, em Sinop, a 480 km de Cuiabá, após seu filho recém-nascido morrer devido uma suposta negligência médica. Rafaela também denunciou o extravio de seu prontuário médico.
Ao todo, Oliveira registrou dois boletins de ocorrência sobre os casos supracitados. No primeiro, a vítima informou sobre a negligência médica, onde ela teria ido ao hospital sentindo fortes dores, mas foi instruída a voltar para casa, pois segundo os médicos "não era nada de mais".
Sumiço do prontuário
Posteriormente, as dores aumentaram e começaram a sair “pedaços de carne” e muito sangue. Ela decidiu retornar à unidade médica, ocasião em que seu filho nasceu e foi encaminhado para Unidade Intensiva de Tratamento (UTI), onde o quadro piorou e ele acabou falecendo.
Rafaela alegou negligência médica e pediu seu prontuário, mas o médico se recusar a passar. Ocasião em que ela registrou o segundo boletim de ocorrência, pois ao retornar à unidade médica para exigir seu prontuário, foi informada que outra pessoa havia pegado o documento e o “escondido”.
Visita da primeira-dama com "fins políticos"
Segundo Rafaela, a primeira-dama que também é secretária municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação do município, Scheila Pedroso, foi até sua residência após o ocorrido. A visita, conforme informado na ocorrência, foi para "fins políticos".
Já na manhã desta sexta-feira (13), Rafaela foi informada que poderia ir ao centro médico para pegar seu prontuário. Contudo, não se trata do original, tendo diversas alterações do que foi informado primeira pelo médico responsável.
Outro lado
NOTA À IMPRENSA
Sobre a demanda, a Prefeitura de Sinop informa que:
O secretário de saúde juntamente com sua equipe de gabinete, composta inclusive
por uma médica (mulher e mãe) justamente para proporcionar que a paciente se
sentisse acolhida, ouviram a Rafaela e fizeram as orientações para:
• formalizar a denúncia na Ouvidoria da Saúde.
• entrar através da Defensoria Pública com uma ação para investigar o caso
completo.
• Solicitar todos os prontuários para anexar na ação, desde o primeiro ao último
atendimento, ocorridos no Hospital Santo Antônio.
Com isso, todas as medidas cabíveis serão tomadas pelo município. O Ministério
Público e o Conselho de Medicina irão apurar o caso e ouvir a outra parte para
concluir o caso.
Ao que se refere ao Boletim de Ocorrência relacionado ao prontuário, a secretaria
de saúde ainda não havia sido notificada. No entanto, foi solicitado ao secretário
para que localizasse o boletim de ocorrência junto a delegacia para identificar qual
unidade foi solicitado prontuário médico, caso se trate de uma unidade municipal
assim resolvendo a situação o mais rápido possível.
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