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Polícia Quinta-feira, 26 de Outubro de 2023, 08:27 - A | A

Quinta-feira, 26 de Outubro de 2023, 08h:27 - A | A

confira quem são

Empresários e políticos de MT são presos suspeitos de participarem de ataques em Brasília

Eles são investigados por participaram e fomentaram dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Lucione Nazareth/VGN

Empresários de Cuiabá e suplente de vereador na Capital estão entre os alvos da 19ª Operação Lesa Pátria, que investiga pessoas suspeitas de “incitar, participar e fomentar” as manifestações do 8 de Janeiro, que destruíram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

A operação foi deflagrada nessa quarta-feira (25.10) pela Polícia Federal que cumpriu nove mandados de busca e prisão em Cuiabá, Cáceres, Chapada dos Guimarães, Sorriso, Sinop e Tangará da Serra. As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos alvos é José Carlos da Silva, conhecido como Zé Carlos Renascer. Ele é presidente do bairro Renascer em Cuiabá e suplente de vereador do Podemos. No relatório das investigações consta que Zé Carlos aparece nas imagens veiculadas pela internet do 8 de Janeiro, durante a invasão do Congresso Nacional.

O empresário Luiz Antônio Villar de Sena, sócio da Sena Pneus - empresa que tem sede em Cuiabá e uma filial em Várzea Grande, consta como um dos alvos. Ele postou um vídeo nas redes sociais mostrando que também participava da invasão ao Congresso Nacional.

O médico veterinário Cesar Guimarães Galli Junior, também morador de Cuiabá, foi alvo da operação. Ele esteve no acampamento em frente ao Quartel-general do Exército em Brasília.

Em Cáceres, foi preso Fabrizio Cisneros Colombo. Ele disputou as eleições de 2022 pelo Democracia Cristã ao cargo de deputado estadual, porém, não foi eleito. Colombo usava um boné com o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante os atos antidemocráticos, comemorou as invasões e incentivou as depredações.

Já em Tangará da Serra o alvo foi a suplente de vereador pelo PSDB e ex-secretária de Assistência Social da cidade, Ana Lúcia Adorno, a Ana do Contorno do Corpo. Ele é suspeita de ter auxiliado na organização do transporte de manifestantes do interior de Mato Grosso para Brasília com vistas às manifestações de 8 de janeiro.

Eles podem responder pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido - mesmos delitos imputados aos manifestantes que já estão sendo condenados pelo Supremo.

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