O empresário, Jorlan Cristiano Ferreira, 44 anos, acusado de matar Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, no dia 15 de janeiro, em Lucas do Rio Verde (a 331 km de Cuiabá) é indiciado pelos crimes de homicídio com duas qualificadoras, sendo crime cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino no contexto da violência doméstica e ocultação de cadáver. Leia mais: Empresário detalha como matou e "desovou" o corpo da mulher trans
O inquérito contra o investigado foi concluído pela delegada Ana Caroline Mortoza Lacerda, do Núcleo de Defesa da Mulher da cidade. Durante as investigações da Polícia Civil apurou que Mayla desapareceu após entrar no carro do empresário no dia anterior ao crime.
A jovem que era transexual foi encontrada na manhã do dia 16 de janeiro por funcionários da fazenda que estavam passando uma máquina de plantio na propriedade rural e viram uma lona. Ao se aproximarem, encontraram o corpo da vítima que estava com perfurações de arma branca (faca) pelo corpo.
O suspeito do crime foi preso no mesmo dia e confessou o homicídio, alegando que tinha sido roubado pela jovem. No entanto, a versão do empresário foi desmentida por amigas da jovem, que relataram que Mayla era moradora de Várzea Grande, e foi trabalhar como profissional do sexo em Lucas do Rio Verde para ajudar as irmãs, e também juntar dinheiro para ir morar em outro país. Leia mais: Mulher trans "pressentiu" própria morte e mandou foto da placa do carro do assassino para amiga.
Na cidade, a jovem manteve um relacionamento escondido com o empresário, que era casado e obcecado por ela. No entanto, quando Mayla demonstrou interesse em retornar para Várzea Grande, o suspeito começou ameaçá-la de morte e no dia do crime ela compartilhou uma foto da placa do carro do empresário com pessoas próximas a ela, o que ajudou a polícia a localizá-lo.
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