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Polícia Segunda-feira, 18 de Julho de 2022, 18:05 - A | A

Segunda-feira, 18 de Julho de 2022, 18h:05 - A | A

DIRETORA IGNORA POLÍCIA

Creche é furtada em Cuiabá, diretora pede apoio à "disciplina de facção" e mulher é estuprada

Porém, "disciplina" acaba preso por estupro e liberado após pagamento de fiança

Adriana Assunção/VGN

Uma diretora do CMEI do bairro JD BRASIL, em Cuiabá,  ignorou a Polícia e procurou "justiça" em um homem de 37 anos, apontado como “disciplina de facção criminosa", para localizar as câmeras que foram furtadas na creche e acabou em um estupro da mãe do menor, autor do furto. A declaração consta do depoimento do suspeito "justiceiro".

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Segundo o acusado, na quinta-feira (14) a diretora da creche o procurou para localizar as câmeras furtadas na creche, quando ele viu as imagens de vídeo, reconheceu que um dos autores do furto era filho da vítima.

Ao entrar em contato com a mãe do menor, o "disciplina" pediu que ‘intercedesse junto a seu filho’ e localizasse as câmeras furtadas. Contudo, o que era apenas a devolução do objeto furtado, acabou em uma ocorrência de estupro.

A vítima, 30 anos, denunciou o “disciplina” por estupro e desabafou ao que vive aterrorizada. Segundo ela, o acusado a violentou e ainda deixou marcas por seu corpo todo.

O suspeito foi preso nesse domingo (17.07) após a vítima do suposto estupro acionar a Polícia Militar. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado fazendo uso de tornozeleira eletrônica.

Consta dos autos, que o acusado ganhou liberdade após ser estipulada fiança no valor de 10 salários mínimos (R$ 12.120 mil) para agilidade de prova. Ele confessou ter praticado sexo com a vítima, no entanto, o mesmo alega que foi consensual.

Versão da vítima

“Estou em choque, me sentindo um lixo. Estou com vergonha do meu esposo. Tenho medo até de sair à rua, não quero ficar em casa sozinha. Quero embora daqui, quero mudar. Temo por mim, pelo meu filho, pela minha família”, contou a vítima em entrevista ao .

A mulher relatou em seu depoimento, que o teve acesso, que há cerca de 15 dias entrou em contato com o suspeito para pedir ajuda, pois ficou sabendo que o acusado é o responsável pela distribuição de sacolão. Na ocasião, conseguiu um sacolão com o suspeito, que ainda a colocou em um grupo de WhatsApp do bairro.

Ela contou que o procurou para devolver os objetos furtados pelo filho no momento em que foi atacada pelo suposto agressor. Segundo ela, o suspeito trancou a porta a impedindo de sair, partiu para cima, arrancou a roupa, chegando a rasgar a alça de sua blusa. Ele passou a mão pelo corpo, nas partes íntimas, chupou seus seios e tentou beijar sua boca. Em seguida praticou o ato com ela menstruada e sem usar camisinha. Em seu relato, a vítima conta que foi ameaçada de morte caso contasse para alguém.

A vítima contou que o ameaçou de contar no grupo do bairro o que aconteceu, mas foi removida antes que pudesse executar a denúncia entre os moradores. “Fiquei em choque sem saber o que fazer, fiquei quieta parada. Ele vinha me beijar, eu o empurrava, dei chutes, mas vinha para cima de mim. Depois ele disse: dona não fala nada para ninguém que vou ajudá-la com sacolão, que eu sei que a senhora precisa, já te dei uma vez, vou dar novamente. Eu falei, vou falar no grupo aqui do bairro o que você está fazendo, você está errado. Ele disse que não conta, eu vim embora, meus amigos disseram que jogariam no grupo. Por uma coisa do seu filho, ele já estava de olho em você, daí ele me tirou do grupo. Fui para delegacia”

Ela ainda relatou que o acusado a bloqueou, mas ainda assim tem todo histórico que comprova que as conversas foram somente sobre a câmera e cestas básicas. “Tenho conversas, ligações dele, e não tem nada demais nas conversas que tenho com ele. As conversas são só sobre a câmera e a cesta básica que eu tinha pedido pela primeira vez com ele.”

Outro lado – O entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Cuiabá, que informou que furto de câmeras de segurança, ocorrido no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Maria Conceição Oliveira de Souza, localizado no bairro Jardim Brasil, a Secretaria Municipal de Educação informa que está apurando o fato. "Após ser informada da situação a Secretaria Municipal de Educação está  apurando internamente eventuais responsabilidades administrativas, em relação ao fato"

Ainda em nota, a Prefeitura informou que em relação as câmaras de segurança, "a empresa responsável foi comunicada, o seguro foi acionado e os equipamentos substituídos."

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