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Polícia Quinta-feira, 01 de Junho de 2023, 08:38 - A | A

Quinta-feira, 01 de Junho de 2023, 08h:38 - A | A

facção rival

Corpo de jovem morto por facção criminosa após "sinal" em vídeo é encontrado

Os restos mortais do jovem, estavam com as mesmas vestimentas do dia em que ele desapareceu.

Gislaine Morais/VGN

O corpo do jovem Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, 23 anos, que estava desaparecido desde abril, foi encontrado nessa quarta-feira (31.05), em uma parte da extensa área de mata, de uma região no município de Nova Ubiratã (a 506 km de Cuiabá). Os restos mortais do rapaz, estavam com as mesmas vestimentas do dia em que ele desapareceu.

Conforme a Polícia Civil, Pablo, que era morador do interior de São Paulo e estava a trabalho no norte de Mato Grosso, foi torturado e morto por integrantes de uma facção criminoso, porque, supostamente, teria feito um sinal em um vídeo que os criminosos interpretaram como sendo de uma facção paulista.

No dia 19 de abril, Pablo e um colega foram sequestrados quando estavam em um bar de Nova Ubiratã. As vítimas foram levadas a uma casa, onde foram torturadas por membros de uma facção criminosa.

Em diligências realizadas em conjunto pelas equipes da Delegacia de Nova Ubiratã e da Polícia Militar do município para apurar a ocorrência, os policiais localizaram uma das vítimas, no dia 21 de abril, que conseguiu fugir do veículo quando era levada pelos criminosos para uma área afastada da cidade, a mesma região onde Pablo foi morto e o corpo ocultado.

A partir das informações relatadas pela vítima sobrevivente, os policiais localizaram a residência onde os amigos foram torturados. No local foram encontrados documentos das duas vítimas e um suspeito foi preso. O criminoso contou que Pablo e o amigo foram agredidos fisicamente e, no dia seguinte, levados a um local afastado da cidade, na rodovia MT-242. No trajeto, um dos jovens conseguiu escapar do veículo.

Na continuidade das diligências, próximo à área onde Pablo teria sido morto, os policiais localizaram outro suspeito, que reagiu à abordagem das equipes e acabou ferido, indo a óbito no hospital da cidade.

A equipe policial se empenhou desde o início da investigação em esclarecer o crime, encontrar o corpo da vítima e dar uma resposta aos familiares. A mãe de Pablo Ronaldo foi comunicada ainda na noite de quarta (31), pelo delegado Bruno França, e agradeceu o esforço dos policiais na investigação. A ossada foi recolhida pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para exames periciais e somente após a análise será liberada para os trâmites funerários.

O delegado Bruno França instaurou dois inquéritos policiais, um em relação à vítima sobrevivente, que foi concluído. O outro inquérito, que investiga a tortura, homicídio e ocultação de cadáver de Pablo Ronaldo, está em andamento.

Todos os envolvidos responderão pelos crimes de homicídio tentado e homicídio consumado qualificado, ocultação de cadáver, tortura e integração de organização criminosa.

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