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Polícia Segunda-feira, 10 de Junho de 2024, 16:18 - A | A

Segunda-feira, 10 de Junho de 2024, 16h:18 - A | A

Chapada dos Guimarães

Corpo de idosa jogado do penhasco pelo ex-companheiro segue desaparecido após 11 meses

A filha da idosa disse que a Defensoria da cidade tem sido desrespeitosa com a família

Gislaine Morais/VGN

O corpo da idosa Desolina Ana Chelotti Chagas, 75 anos, morta pelo ex-companheiro, réu confesso, Willys Marcelo da Silva, no dia 10 de julho de 2023, em Chapada dos Guimarães, a 64 km de Cuiabá, segue desaparecido. A idosa teve um relacionamento de três anos com o assassino e foi morta e jogada do penhasco três meses após a separação do casal.

A família pede por justiça, alegando que o caso continua sem solução, mesmo após o assassino confessar o crime. O conversou nesta segunda-feira (10.06), com a filha de Desolina, Marcia Ana Chagas, e ela descreveu que familiares estão abalados com o atual processo judicial. A indignação ocorre porque a Defensoria da cidade defendeu o acusado alegando que o fato de terem localizado objetos pessoais da Sra. Desolina em nada configura crime. 

“Os objetos poderiam ter sido jogados por qualquer pessoa, inclusive por ela mesma”, alegou a defensoria no processo, em defesa do acusado. 

Para Marcia, essas declarações são não apenas descabidas, mas também insensíveis. “O próprio Willys confessou o crime para a justiça, e ainda confessa a família que planejou durante uma semana com a atual mulher (M.C) a mesma que em alguns dos áudios diz: NÃO SE PREOCUPE NÃO TEM CORPO, NÃO TEM CRIME" ainda assim, a Defensoria insiste em argumentos que desrespeitam profundamente nossa dor por buscar a Justiça”, desabafou.

Marcia disse que entende que o papel da defensoria é "defender", contudo ela acha que como o caso está sendo conduzido chega até a ser falta de dignidade. "Se o cara [Willys] confessa o crime, e fala que jogou, que fez, e a defesa ainda fica enchendo de linguiça. O cara matou a minha mãe e aí como que ela vai lá jogar as coisas? A família ficou indignada com esse tipo de coisa. Falar que a minha própria mãe pode ter jogado as coisas lá é muito ridículo isso", externou Chagas.

Ainda de acordo com a Marcia, a defensoria está usando o fato do corpo não ter sido encontrado para tentar diminuir a pena do assassino. "Para mim ele tem que apodrecer na cadeia. Eles tinham que encontrar o corpo da minha mãe, porque aí é evidente que a pena desse cara ia subir, pelo menos é o que a gente espera né. Ele tem que ser condenado e vai ser", acrescentou Marcia.

Marcia enfatizou que a cada dia que passa sem uma resolução aumenta a dor e a frustração da família. Ela expressou que o desejo da família é que o caso tenha um desfecho justo, com o corpo da idosa sendo encontrado e o assassino pagar pelo que fez.

Relembre o caso

Desolina desapareceu de sua casa, no bairro Adolfo Koberstain, em Chapada, no dia 10 de julho de 2023. Uma filha dela procurou a delegacia do município no dia 13 de julho após não conseguir contato com a mãe e relatou que a idosa nunca ficava sem dar notícias à família. Ela informou ainda que a mãe havia terminado um relacionamento há pouco tempo.

Com base nos elementos angariados no inquérito policial, o delegado responsável na época, Marlon Luz, representou pela prisão temporária do ex-companheiro da idosa. Ele foi interrogado em duas ocasiões e mostrou contradição nas informações prestadas. Imagens de câmeras de segurança de locais da cidade mostraram a idosa e ele em uma conveniência de bebidas da cidade, onde a vítima comprou cerveja para o autor do crime.

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Outro lado

A reportagem do encaminhou um e-mail para assessoria da Polícia Civil, questionado sobre as buscas pelo corpo da idosa, e foi informada que a equipe da Delegacia de Chapada dos Guimarães realizou inúmeras diligências para a localização do corpo da vítima, contudo, até o momento, não foi possível encontrar os restos mortais da idosa. 

"Inclusive, no mês de março deste ano, equipes do Corpo de Bombeiros permaneceram durante três dias realizando buscas, com auxílio de cão farejador e de aeronave do Ciopaer, nos pontos onde o autor do crime informou que havia atirado o corpo da vítima, mas nada foi localizado", diz trecho da nota.

O também entrou em contato com a assessoria do Ministério Público Estadual (MPE), mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.

 

 
 

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