Um contador de Várzea Grande e dois servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), em Cuiabá, são os principais alvos da operação “Opus Ficta” instaurada nesta quinta-feira (13.12) pela Polícia Federal, nos dois municípios.
De acordo com o assessor de imprensa da PF, Paulo Gomes, o chefe do esquema é um contador – que ainda não teve o nome divulgado – ele pesquisava e checava as empresas que já estavam com as atividades encerradas para dar início ao esquema.
“O esquema era o seguinte: as empresas que tinham suas atividades encerradas eram utilizadas para que trabalhadores lançassem (pelo contador), o tempo fictício de trabalho. Ele fazia o cadastro no CNIS, através da GFIPs, na guia de recolhimento também, com isso, dava um ar de regularidade, mas essas empresas estavam fechadas, o servidor do INSS não checava essas informações e concedia os benefícios”, explica.
Conforme ele, a investigação já apurou 170 benefícios fraudulentos. “Nesta fase foram apenas 16 benefícios, destes, contatamos um rombo de R$ 3 milhões causados aos cofres públicos, se esse esquema se perpetuasse, só destes 16 chegaria a R$ 13 milhões de prejuízo”, enfatiza.
O assessor explica ainda que a investigação já desmembrou todo o esquema. “Já temos todo o esquema montado, quem são os cabeças, já está bem claro. Hoje foi para arrecadar a irregularidade do crime, com apreensão de documentos, e conseguimos diversas provas".
E acrescenta: “Na próxima semana todos os alvos serão ouvidos na sede da Polícia Federal e terão os nomes divulgados”, finaliza.
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