Um casal, foi indiciado nessa quinta-feira (28.04), pelos crimes de abandono de incapaz e tortura, praticados contra o filho de 15 anos. Os pais também foram indiciados por crimes sexuais contra filha quando ela ainda era menor. Eles são moradores do município de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá).
De acordo com o delegado Bruno França Ferreira, em 20 de abril, o casal foi preso em flagrante, suspeito de agredir e torturar brutalmente o filho de 15 anos. O exame de corpo de delito constatou diversas lesões recentes no adolescente.
Além das agressões, o adolescente foi expulso de casa. Ele foi socorrido por um morador local e depois acompanhado pelo Conselho Tutelar, que foi até a vila e o apresentou à Promotoria de Justiça, que o orientou a encaminhá-lo até a Delegacia da Polícia Civil para a apuração dos fatos.
Após ouvir o relato da vítima, a equipe de investigação seguiu até a residência com apoio da Polícia Militar e encontrou o casal bastante alterado, fazendo uso de entorpecentes.
O adolescente relatou que começou a ser agredido pelos pais em setembro do ano passado, desde que sua irmã mais velha foi embora de casa, também fugindo das agressões.
No decorrer da investigação, a equipe da delegacia apurou também que o indiciado, em ao menos duas situações distintas, cometeu estupro contra a filha, menor de idade à época dos fatos. A vítima mora em outra cidade do Estado e foi ouvida pela Polícia Civil e também pelo Ministério Público.
A apuração apontou também que o pai da vítima a expôs a material pornográfico com finalidade libidinosa, em diversas ocasiões, e que a mãe sabia dos abusos recorrentes e nada fazia para impedi-los. A jovem relatou ainda situações que, conforme o delegado Bruno França, indicam que o ambiente em que a adolescente e os irmãos cresciam era impróprio para convívio de criança e adolescente.
“Os relatos reforçam também o fato de que a mãe, apesar de ter plena ciência dos abusos sofridos, nada fazia para impedir a violência imposta à filha”, explicou o delegado.
O casal está preso preventivamente e durante as primeiras oitivas ficou calado. O indiciado, em um segundo interrogatório, negou os crimes sexuais e disse que a acusação era por vingança. (com informações PJC).
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