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Polícia Quinta-feira, 25 de Abril de 2013, 10:05 - A | A

Quinta-feira, 25 de Abril de 2013, 10h:05 - A | A

Assaltante de banco financiou fuga da Penitenciária Central do Estado (PCE)

Um assaltante de bancos, com dezenas de passagens pela Polícia, é apontado como financiador da fuga de 35 presos.

Gazeta Digital

 

Um assaltante de bancos, com dezenas de passagens pela Polícia, é apontado como financiador da fuga de 35 presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em agosto do ano passado. Lindomar Alves de Almeida, 31, o “Nenezão”, preso na Bahia, tentou, inclusive, uma fuga da do Complexo Penitenciário da "Mata Escura", em Salvador, nos mesmos moldes da verificada no ano passado.

No final da semana passada, ele foi interrogado pelo chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Henrique Stringueta, na capital baiana. “Segundo as investigações, ele teria participação nesta fuga da PCE, quando vários criminosos, alguns já condenados, conseguiram escapar”.

Naquela época, Lindomar estava escondido entre os estados da Bahia e de Goiás. Para não levantar suspeitas, usava o patrimônio construído com o dinheiro das ações criminosas para se passar por um importante fazendeiro. De posse destas informações, uma equipe chefiada por Stringueta conseguiu a prendê-lo, em um hotel no município de Feira de Santana (BA), em 14 de novembro do ano passado.

Um dos pontos do interrogatório esteve voltado ao armamento de grosso calibre usado pela quadrilha nos roubos a bancos, na modalidade "Novo Cangaço", e assalto a carro-forte. A Gerência de Combate ao Crime Organizado investiga a origem das armas, como a metralhadora antiaérea calibre ponto 50, usada no final do ano passado em dois assaltos a carro-forte da empresa Brinks. "Esperamos localizar dessa arma devido o alto poder de fogo, capaz de derrubar uma aeronave”.

Com capacidade de alcance de 1.500 metros, o armamento bélico que efetua 600 tiros por minuto está avaliado em R$ 230 mil. A metralhadora é a menina dos olhos das quadrilhas de roubos a banco e carro-forte e aparece em vários dos assaltos a instituições financeira investigados pelo GCCO. Cápsulas da metralhadora com imenso poder destrutivo foram apreendidas durante os assaltos a carro-forte, ocorridos o ano passado em Mato Grosso.

"Foi com essa arma que a quadrilha de Lindomar parou o carro-forte da Brinks de Transporte de Valores, em setembro de 2012, quando tiros foram disparados pela quadrilha que atingiram o blindado afastando qualquer possibilidade de reação por parte dos vigilantes", disse o delegado.

Fuga – Em 31 de março deste ano, Lindomar tentou fugir da penitenciária onde está preso, na Bahia, de forma semelhante à ação da PCE. De acordo com informações da Delegacia de Roubos a Bancos da Bahia, criminosos armados com fuzis e com apoio de veículos tentaram explodir o muro do presídio baiano.

O assaltante Lindomar já tinha serrado a grade de sua cela e se preparava para fugir quando houve reação da polícia baiana, que mesmo com a explosão do muro de contenção, acabou frustrando o plano de fuga. Depois da tentativa, Lindomar foi transferido para outra Penitenciaria de Segurança Máxima e atualmente está recolhido em uma unidade no interior da Bahia. Ele deve ser removido para um presídio federal.

 

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