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No Alvo Terça-feira, 13 de Agosto de 2024, 16:27 - A | A

Terça-feira, 13 de Agosto de 2024, 16h:27 - A | A

MEDIDAS DIFERENTES PARA CASOS IGUAIS!

Violência doméstica por policiais em MT e o silêncio da PJC

A regra parece ser diferente para aqueles que fazem parte do sistema

Nos últimos dias, dois casos de violência doméstica envolvendo membros da Polícia Civil de Mato Grosso chamaram a atenção não apenas pela gravidade dos atos, mas principalmente pela resposta – ou falta dela – das autoridades estaduais.

Na madrugada do último 4 de agosto, um investigador e um delegado-geral adjunto foram denunciados por envolvimento em episódios de violência doméstica em Cuiabá. No entanto, o que se seguiu foi um silêncio perturbador por parte do Governo de Mato Grosso e da delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Silveira Maidel, que contrasta fortemente com a postura ostensiva adotada em outros casos similares. 

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É impossível ignorar a contradição flagrante entre a propaganda oficial do governo, que se vangloria das ações para combater a violência doméstica, e a omissão diante de casos que envolvem agentes da própria corporação subordinada ao Estado. Enquanto a Polícia Judiciária Civil (PJC) não hesita em divulgar, amplamente, as prisões de acusados de violência doméstica e de violadores de medidas protetivas, a reação a esses casos específicos tem sido um silêncio ensurdecedor. Isso levanta questionamentos sobre a verdadeira eficácia e imparcialidade das políticas de combate à violência doméstica promovidas pelo Governo de Mato Grosso.

A sociedade tem o direito de se perguntar: como acreditar na sinceridade das campanhas e das ações governamentais quando, diante de um caso tão grave, as autoridades optam por fechar os olhos? A impressão que fica é que o combate à violência doméstica é mais rigoroso apenas contra aqueles sem vínculos com o poder.

A regra parece ser diferente para aqueles que fazem parte do sistema. Em vez de serem exemplarmente punidos, acabam sendo promovidos ou, no mínimo, protegidos. Essa percepção é extremamente preocupante, pois mina a confiança da sociedade nas instituições e nas políticas públicas. Quando o Estado não age com firmeza e transparência, ele envia uma mensagem perigosa de que há uma justiça para os "meros mortais" e outra, muito mais branda, para aqueles que fazem parte do sistema.

Esse cenário é muito triste e reforça a necessidade de uma discussão séria sobre a coerência e a integridade das ações de combate à violência doméstica em Mato Grosso. Se o governo realmente deseja ser visto como um defensor dos direitos das vítimas, é imperativo que demonstre isso na prática, aplicando a lei de maneira igual para todos, sem distinção de cargo ou função. O silêncio não pode ser uma resposta aceitável. A sociedade e as vítimas exigem e merecem mais.

 

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