O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), anunciou em suas redes sociais na última terça-feira (17.09) o pagamento de férias para os servidores temporários da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT).
Em reunião com representantes da Associação Mato-grossense de Servidores Públicos da Educação (AMPE) e sem a presença do sindicato da categoria, Mendes tratou o anúncio como uma "excelente notícia". A AMPE foi fundada há apenas um mês, conforme apurou o .
"Construímos aqui uma excelente alternativa para um problema que dura mais de 40 anos e eu não sabia disso. Fiquei muito bravo no dia em que fiquei sabendo; minha equipe sabe disso. E hoje construímos uma solução, e é isso que importa", comentou.
O que o governador não contou, porém, é que o pagamento de férias aos temporários está previsto na Lei Complementar 050/1998, e o Sindicato dos Servidores Públicos da Educação, o Sintep-MT, ajuizou a ação 1047473-92.2019.8.11.0041, buscando que os servidores recebessem os valores. Por meio de nota, o Sintep revelou que o governo não só sabia do não pagamento de férias, como a PGE trabalhou juridicamente para barrar. Leia a nota do sindicato.
Mendes não só se negou a pagar os temporários, como também mandou demiti-los durante a pandemia, alegando economia nos cofres públicos. Agora, porém, decidiu resolver o problema, em reunião com uma associação pouco conhecida e sem muita representatividade, uma vez que ele nutre rancor do sindicato da categoria. Rancor que o próprio Mauro confessou em publicação no Instagram, ao ser questionado por uma servidora.
"Se o Sintep tivesse adotado essa mesma postura republicana e respeitosa, com certeza teria alcançado o mesmo resultado", afirmou.
Invariavelmente, fica a pergunta: o governador age como um líder político e social ou age apenas por vingança contra aqueles que não fazem aquilo que ele deseja?
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