Será que a Operação Panaceia, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (06.12) no Hospital Regional de Cáceres, finalmente revelará o que está por trás da "espelho"? Até agora, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) passou ilesa pela Operação Espelho, de 2021, que escancarou a corrupção na pandemia da Covid 19 — quem esquece daquele médico zombando ao afirmar que precisou "laçar" pessoas nas ruas para preencher UTIs?
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Tomara que esta nova operação não termine em “pizza”, especialmente considerando a presença de recursos federais, diferentemente do que sustentou o governador Mauro Mendes durante a Operação Espelho. Na ocasião, o governador argumentou que apenas recursos estaduais estavam envolvidos e que os competentes “policiais civis” responsáveis pela investigação de 2021, não teriam deixado passar nenhuma irregularidade se houvesse verba federal. Pois bem. Se Mauro Mendes tivesse "colocado as mãos no fogo", certamente teria se queimado. Após muita pressão, o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, acabou admitindo — não se sabe bem por que — que havia, sim, recursos federais envolvidos. Talvez a idade o tenha pregado uma peça. Essas coisas acontecem.
Agora, mais uma vez, a “Mulher da SES” está no centro das investigações. E quanto ao secretário de Estado de Saúde, tão celebrado por sua suposta competência, e ao governo estadual, tão firme no discurso anticorrupção: será que realmente não perceberam nada? É difícil acreditar que os gestores da Saúde de Mato Grosso sejam tão incompetentes a ponto de não enxergarem nenhuma irregularidade ao longo de todos esses anos.
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