O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), desembargador Gilberto Giraldelli, ao defender que Várzea Grande não deveria ter horário eleitoral gratuito na televisão, nas eleições de 2020, por não se enquadrar na previsão eleitoral (possuir 200 mil eleitores), disse que o município não tem nenhuma emissora geradora de televisão e sim apenas uma empresa retransmissora.
Ele ainda destacou que uma das famílias ligadas a política de Várzea Grande é detentora de uma televisão, sendo que preferiu montar a sede da mesma em Cuiabá – em referência a TV Brasil Oeste (TBO) afiliada à RBTV. A TBO foi inaugurada em 26 de abril de 1978, tendo como fundador o ex-governador Júlio Campos. Neste ano de 2020, Júlio (1º suplente do candidato ao Senado, Nilson Leitão) declarou na Justiça Eleitoral que detém 85% das ações da emissora.
“Embora se sustente que Várzea Grande só porque está na região metropolitana de Cuiabá não tenha sua emissora geradora, eu quero dizer que não tem nenhum tipo de vedação legal. É perfeitamente possível. A lei não impede que Várzea Grande tenha uma emissora geradora de sinais, inclusive é de conhecimento público, que um dos maiores grupos políticos de Várzea Grande tem a sua geradora aqui em Cuiabá, por opção. Poderia perfeitamente a concessão dessas emissoras, e outros grupos poderiam estar atuando em Várzea Grande”, disse o magistrado.
Outro Lado - O ex-governador Júlio Campos em nota encaminhada ao oticias informou que já encaminhou ao presidente do TRE, desembargador Gilberto Giraldelli um vídeo da TBO que comprova que a família Campos não foi fundador da televisão. Segundo ele, o fundador da TBO é o empresário Fause Anache de Corumbá.
“Só em 1985 é que o Grupo Futurista de Comunicação da nossa família adquiriu essa TV. Já éramos proprietários da Rádio Industrial de VG hoje transformada em Nativa FM e do jornal O Estado de MT. Agora se ele o TRE determinar estamos aptos para gerar o Horário Eleitoral para VG / embora já existam hoje a TV VG que funciona muito bem”, disse Júlio na nota.
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